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Acidentes de moto batem recorde de atendimentos

Atendimento à vítimas de acidentes de moto bateram recorde no Hospital de Nova Iguaçu | Foto: Divulgação

Os atendimentos às vítimas de acidentes de moto bateram o triste recorde no Hospital Geral de Nova Iguaçu pelo segundo ano consecutivo. Em comparação aos 3.282 casos registrados em 2022, que já havia sido o maior nos últimos cinco anos, 2023 fechou com 3.634 acidentados atendidos na emergência, representando um aumento de 10,7%. De janeiro a março de 2024, já foram anotados 945 atendimentos, indicando uma tendência de aumento para o restante do ano.

Segundo dados do HGNI, em 2023, 368 vítimas de acidentes por moto precisaram ser internadas, representando cerca de 10,1% do total de atendimentos. Nos três primeiros meses de 2024, esse percentual já subiu para 21,4%, com 203 internações. Se a tendência se mantiver, é possível que aconteça um novo recorde para o hospital, com aumento de 4% no número de atendimentos e alarmantes 123% nas internações.

"O que chama a atenção é que, infelizmente, muitos motociclistas ainda dirigem sem utilizar os equipamentos de proteção como os capacetes, calçados, luvas e roupas adequadas, que podem prevenir ou reduzir a gravidade dos ferimentos em acidentes. Essas medidas simples, unidas ao respeito às leis de trânsito, ajudam a salvar vidas", destaca o médico ortopedista e secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.

Os acidentes de moto lideram as estatísticas de atendimentos do HGNI, superando casos como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infartos e outros traumas. Cerca de 80% das vítimas acidentadas têm fraturas nos braços ou nas pernas e 20% apresentam traumatismos complexos, como de crânio, coluna ou face. Homens entre 20 e 40 anos, que chegam sem utilizar nenhum tipo de equipamento de proteção, como o capacete e calçados adequados, são o perfil mais comum de vítimas.

"É triste ver que temos um número tão grande de acidente de moto e de internações. São casos que poderiam ser evitados com o uso dos equipamentos de proteção e podem ter um desfecho complexo para a vida dos pacientes e suas famílias, já que uma vítima deste tipo de acidente pode ter sequelas para a vida inteira e pode até mesmo precisar mudar a sua rotina", ressalta o diretor-geral do HGNI, Ulisses Melo.