Por: Redação

Rodoviários da Petro Ita fazem paralisação após atraso em pagamento de salários

Paralisação Terminal Centro Petro Ita Petrópolis | Foto: Leandra Lima

*Matéria atualizada às 19h43.

A manhã desta sexta-feira (06) foi marcada por uma manifestação organizada pelos rodoviários da empresa Petro Ita, dentro do Terminal Rodoviário do Centro e nas ruas adjacentes, os ônibus ocuparam também vagas de outras paradas de ônibus, nas Ruas Paulo Barbosa e Caldas Viana. A mobilização se deu por conta do descumprimento do acordo de regularização dos salários atrasados, previsto para o dia 05 de setembro, feito com a empresa de transportes.

Segundo Glauco Paulino, presidente do Sindicatos dos Rodoviários, a reivindicação do grupo é por falta de pagamentos, e outros benefícios, como férias e fundo de garantia. Segundo Glauco, na última quarta-feira, o grupo realizou uma paralisação na garagem da Petro Ita, onde estava presente representantes da diretoria da empresa e da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), para ouvir as demandas e formalizar um acordo em favor da categoria.

Porém o acordo não foi cumprido, levando então a paralisação mais drástica. Perguntado se o ato tinha ligação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender as linhas na região do Alto da Serra, Morin e Meio da Serra, o sindicalista revelou que não existe relação entre os acontecimentos. “Temos ciência que a Petro Ita não tem mais condições de rodar, mas também não pode esquecer do rodoviário. O rodoviário está sem o pagamento, está sem pagar a conta de luz, e sendo despejado até de aluguel. Queremos só receber o nosso direito”, disse Glauco.

Passageiros

Os usuários do transporte público foram surpreendidos com a paralisação, muitos ficaram mais de duas horas sem ônibus para voltar para a casa ou escola, como o caso de Simone ngelo, de 47 anos, moradora do Quitandinha, que saiu de manhã cedo com os filhos, antes da paralisação, e na hora de levá-los para escola não teve ônibus. “Não acho isso justo. Porque na hora da passagem, vamos supor, que você não tem 10 centavos, você não pode passar. Entendeu? Agora os meninos vão faltar às aulas, e aí? Eles não vão dar um atestado, para a gente explicar por que a criança não foi para o colégio. Não sou só eu, várias mães, né? E várias crianças que têm que pegar ônibus, hoje não vão para o colégio. Entendo o lado deles, mas o nosso ninguém vê, já sofremos com a precariedade das linhas e agora esse banho de água fria”, relatou.

Impacto na mobilidade

Com a paralisação, as linhas das empresas Cidade Real, Cidade das Hortênsias e Turp tiveram o itinerário e ponto de embarque e desembarque alterado no Centro Histórico para atender os passageiros. Ao todo, 62 linhas de ônibus foram afetadas com a paralisação. Bairros onde a empresa Petro Ita ainda é a responsável, como o Independência e a região do Quitandinha, continuam sem transporte público até a noite desta sexta-feira (06).

Leia também: Confira as alterações no transporte público nesta sexta-feira

À noite, por volta de 19h30, o prefeito Rubens Bomtempo anunciou nas suas redes sociais que autorizou as demais empresas de ônibus da cidade a assumirem as rotas da empresa Petro Ita enquanto durar a paralisação dos rodoviários.


A empresa Petro Ita e foi questionada pela reportagem sobre a situação, e aguardamos resposta.