Por:

Autoridades debatem transporte no DF

O transporte público no Distrito Federal foi o tema central de uma comissão geral realizada no plenário da Câmara Legislativa (CLDF). O debate reuniu representantes de quatro das cinco empresas concessionárias de ônibus e dos demais modais de transporte.

O presidente do Metrô-DF, Handerson Ribeiro, respondeu se é possível que o metropolitano funcione 24 horas. "Nós funcionamos a partir das 5h30, mas a gente precisa energizar o sistema antes, para trazer os trens e disponibilizar. Apesar de fechar a estação às 23h30, eu só desligo o sistema 0h30, porque os trens ainda estão circulando. Então, neste momento, nós não temos nenhum estudo para circulação 24 horas", afirmou Handerson. Além disso, o representante do metrô afirmou que o movimento nas estações cai bastante depois das 21h.

Autor do requerimento que deu origem à sessão, o distrital Chico Vigilante (PT) reforçou: "O poder executivo precisa garantir um serviço de qualidade, levando em consideração os gastos públicos". Segundo ele, em quatro anos, foram liquidados R$ 4,6 bilhões com o sistema.

O secretário de Transporte Zeno Gonçalves explicou que o custo aproximado do sistema é de R$ 2 bilhões por ano, dos quais R$ 800 milhões são pagos na catraca pelos usuários, e o restante é subsidiado pelo governo. "O subsídio é para que o usuário não tenha de pagar mais e para arcar com as gratuidades dos estudantes, das pessoas idosas e com deficiência", destacou. Com isso, o governo acumula uma dívida de R$ 900 milhões com as empresas. Questionado por Vigilante sobre como pagar a dívida, o secretário informou que o subsídio da tarifa técnica foi reduzido, passando de R$ 1,858 bilhão para R$ 1,5 bi, o que vai resultar numa economia de R$ 540 milhões.