Por:

Iges-DF presta contas do futuro da saúde pública

Deputada Paula Belmonte salientou que queda nos investimentos afetaram indicadores | Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF

Por Mayariane Castro

A Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) realizou uma audiência pública para apresentação de metas e indicadores do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Conforme a presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC), deputada Paula Belmonte (Cidadania), o objetivo da audiência foi mostrar previsões melhores que as do primeiro quadrimestre, após o surto de dengue e Influenza. "É importante que a população do DF, especialmente os usuários do sistema de saúde pública, saiba como o dinheiro da saúde vem sendo aplicado", citou Paula.

Ela ainda acrescenta que os investimentos na área da saúde foram reduzidos e que isso causou impacto direto nos indicadores. "Segundo a apresentação, quase 80% dos recursos do IGES são aplicados na contratação de pessoal (29,1%) e pagamento de serviços terceirizados (18,3%). Ou seja, sobra pouco menos de 20% para investimento na saúde", salienta a deputada.

A diretora do Instituto questionou sobre a transparência em relação aos servidores e também sobre os processos seletivos que demandam investimento. Segundo a diretoria de recursos humanos, são cerca de 1.300 servidores da Secretaria de Saúde que estão cedidos ao IGES-DF e mais 559 de livre provimento. O instituto afirma que possui mais de dez mil colaboradores diretos e cerca de 8,6 mil contratados por processo seletivo.

Guilherme Porfírio, superintendente do Hospital de Base (HB), diz que o objetivo do local é fornecer o melhor atendimento possível para a população. "Um paciente com dor de cabeça não tem que ser direcionado para o Hospital de Base, um paciente com AVC, esse sim tem que ser direcionado. Além disso, diferente de outras unidades de alta complexidade como Hospital da Criança, ou Sarah Kubitschek, o HB é porta aberta, ou seja, tem o atendimento de pronto-socorro", defendeu.

Francivaldo Soares Pereira de Souza, superintendente das UPAS do DF, registrou que 38% dos pacientes atendidos estão na classificação de risco como verdes. "São pacientes que deveriam buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e vão para as UPAS", respondeu o gestor.