O Núcleo de Educação Permanente da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos promoveu, na última sexta-feira (24), mais um debate para a capacitação dos servidores públicos. Desta vez, o assunto debatido foram as relações étnico-raciais no serviço público, ministrado pela subsecretária de Assistência Social de Seropédica, Preta Gonçalves.
"O que a gente consegue enxergar, de imediato, são as expressões do racismo, como foi o caso de Vinícius Jr. e outros que a mídia destaca, mas o racismo está, de modo estrutural, em nossa sociedade", disse Preta Gonçalves.
O conceito que norteou o debate foi o de racismo estrutural, que consiste em observar que o racismo não é um ato, é um processo em que as condições de organização da sociedade reproduzem a subalternidade de determinados grupos identificados racialmente, explica em seu livro 'Racismo Estrutural' o filósofo, advogado e escritor Silvio Almeida.
"É importante que, principalmente nós, trabalhadores que lidamos diretamente com a população, estejamos capacitados e conscientizados de que essa prática criminosa é cruel e precisa ser banida da sociedade. Temos que, para além de criminalizar e punir essa prática, lutar pela conscientização de toda a sociedade para que haja uma mudança comportamental e ética, e que entendamos que somos todos iguais, detentores de direitos, independentemente de sexo, cor, raça e religião", afirma a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos de Magé, Flávia Gomes.
A iniciativa do município de Magé, reforça a necessidade fundamental da sociedade civil e do poder público realizarem um pacto pela diversidade, o combate ao racismo e todo e qualquer resquício de preconceito que venha afetar a integridade física e psicológica do ser humano, sem passividade ou complacência com atos criminosos.
