Hospital de N. Iguaçu registra aumento de vítimas de AVC
Unidade registrou 1.771 atendimentos entre janeiro e setembro
Levantamento feito pelo Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) revela um aumento de 22,5% nos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) neste ano. Entre janeiro e setembro, a unidade registrou 1.771 atendimentos, dos quais, 411 resultaram em internações, o que representa 24% do total. Em comparação ao mesmo período em 2023, foram 1.440 atendimentos, com 316 internações, o que significa 22% dos casos.
Se essa tendência persistir, projeta-se que, até dezembro de 2024, o HGNI faça 2.361 atendimentos, com 980 internações, a maior dos últimos cinco anos. Nesta terça-feira (29), Dia Mundial do AVC, a unidade de saúde contabilizava 23 pacientes internados pela doença, o que representa 7% do total geral de sua capacidade.
"O Acidente Vascular Cerebral é uma condição de saúde gravíssima. Em nossas unidades de emergência, seguimos protocolos assistenciais para identificar mais precocemente o conjunto de sintomas, já que o tempo é um fator importante para um bom prognóstico no tratamento do paciente", explica o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.
Em alusão a data, o HGNI promoveu um evento de capacitação, orientação e informação para os funcionários sobre sinais, sintomas, conscientização e prevenção da doença. A ação também contou com a presença da enfermeira Andressa Amaral, que faz parte da iniciativa ANGELS, projeto que qualifica e auxilia centros de saúde que cuidam de pessoas com AVC. Os médicos do HGNI, Carlos Henrique Melo Reis, neurologista, Stephanie Queiroz, neurocirurgiã, e Kléber Santos, coordenador da emergência, também fizeram parte da roda de conversa.
O aposentado Paulo Sérgio Pereira Sigolis, de 68 anos, que ficou internado no HGNI durante cinco dias, após sofrer um AVC, deu seu depoimento sobre como enfrentou a doença. Ele revelou que seus sintomas iniciaram com fortes dores de cabeça do lado esquerdo, seguido da dificuldade em mover a mão e segurar objetos. Se não fosse pela agilidade do seu filho em levá-lo à emergência, Paulo garante que talvez pudesse ter sequelas mais graves.
"O rápido atendimento do hospital foi o diferencial e eu sou muito grato. Foi isso que salvou a minha vida", contou ele.