A previsão dos técnicos de saúde é que a epidemia de dengue seja maior na temporada 2024/25, depois do recorde registrado no início do ano. Magé já registrou no mês de outubro, 2,3mil casos de dengue confirmados e 11 casos confirmados de chikungunya. A preocupação das autoridades e equipes de saúde tem um motivo simples: baixa adesão à vacina daqueles que têm maior risco de hospitalização pela doença e a falta do hábito de dedicar seus 10 minutinhos da semana para combater os focos do mosquito Aedes aegypti.
"As chuvas estão cada vez mais escassas, acompanhadas de calor intenso e variações bruscas de temperatura, começou a temporada que o mosquito Aedes aegypti mais gosta. E com isso, a preocupação do Estado e municípios se multiplicou. Nossa equipe participou de um webinário do Estado que foi categórico: o cenário é preocupante!", abre o jogo a secretária de Saúde, Dra. Larissa Storte que ainda reforça:
"Como pediatra e mãe, alerto aos pais das crianças entre 10 e 14 anos: levem seus filhos para vacinar o quanto antes. As vacinas salvam vidas! Já não vemos determinadas doenças no Brasil por causa da vacinação preventiva. No caso da dengue, o público é essa faixa etária justamente porque são os que apresentam maior risco de serem internados e prevenindo a hospitalização, evitamos mortes. E para todos, o recado é 10 Minutos Salvam Vidas, cuidando do seu quintal você salva toda uma comunidade", alerta a médica.
Dados alarmantes
A vacina previne 84% dos casos que levam à hospitalização. Nesse alerta, o cenário reforça a necessidade da vacinação com as duas doses que tem um intervalo de 90 dias. As possibilidades de epidemia são reforçadas pelas mudanças climáticas que favorecem a reprodução do mosquito Aedes aegypti que é o vetor dos vírus. Foi identificada a recirculação dos sorotipos 1, 2 e 3 no Rio e sorotipo 4 em Minas Gerais.
Estatísticas do
último verão
As estatísticas do último verão foram as maiores registradas em todos os tempos de enfrentamento à dengue. Mas antes de chegar a temporada, em outubro já foram registrados 300 mil casos e 224 óbitos no estado do Rio. Em Magé, os registros apontam 2320 casos de dengue e 11 de chikungunya foram confirmados na cidade. Mesmo com o trabalho das equipes de combate, é preciso que todos façam a verificação dos quintais e acabem com possíveis criadouros do mosquito.