Por: William França

BRASILIANAS | Programa cicloviário do DF terá gestão compartilhada, com a Secretaria de Obras assumindo a tarefa de construir mais 90 km e interligar a malha atual. O novo gestor foi responsável pelas ciclovias por 5 anos

O secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro (d), ao lado do governador Ibaneis Rocha (e), no momento de sua nomeação, em abril | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

 

Macaque in the trees
O sistema cicloviário do DF tem 675 km de extensão. | Foto: Agência Brasília

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O sistema cicloviário do DF tem 675 km de extensão. | Foto: Agência Brasília

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O sistema cicloviário do DF tem 675 km de extensão. | Foto: Agência Brasília

A malha cicloviária do DF, formada por 675 km de extensão e presente em 30 regiões administrativas, vai ganhar gestão compartilhada. Para dar maior funcionalidade às atuais ciclovias, a Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF assumiu o projeto de interligação dos trajetos, em apoio à Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob).
Segundo “Brasilianas” apurou, “esta será uma ação parceira entre as duas pastas”. Pelo que foi acordado, a Semob segue responsável pelo planejamento e elaboração da política e dos projetos de ciclomobilidade do DF. A Secretaria de Obras, por sua vez, será responsável pela execução das obras que darão funcionalidade às ciclovias existentes.
“A falta de conexão entre uma ciclovia e outra é uma demanda constante dos ciclistas, razão pela qual os serviços devem ser iniciados no segundo semestre pela região do Plano Piloto e serão executados pela Novacap”, explicou a equipe responsável pela Infraestrurura no GDF.
Não são raras as queixas de ciclovias esburacadas ou interrompidas (por danos na construção, raízes de árvores ou intervenção de terceiros) e aquelas “sem fim” – que nunca têm um ponto de chegada, porque não têm conexão. Esse será o ganho do cidadão com essa mudança, segundo a Secretaria de Obras: “agilidade na construção de novas e manutenção das ciclovias existentes em todo o DF”.
Desde o início da gestão do governador Ibaneis Rocha, em 2019, já foram investidos cerca de R$ 30 milhões no aumento de 31 km da malha cicloviária do DF. Até o fim da gestão, está prevista a construção de cerca de 90 km de novas ciclovias. Atualmente, o DF tem a segunda maior malha cicloviária do país, só perdendo para São Paulo. Com as novas construções, passará à liderança.
De acordo com a Federação Metropolitana de Ciclismo do Distrito Federal (FMC-DF), o DF conta com mais de 1,1 milhão de bicicletas e cerca de 500 mil ciclistas ativos. Segundo a FMC-DF, “existem questões importantes que desafiam a mobilidade sobre duas rodas no DF”. A baixa integração com as outras modalidades de transporte e a falta de segurança dos ciclistas no trânsito, por exemplo, ainda são problemas.
Segundo estatísticas do Departamento de Trânsito do DF, no ano passado 20 ciclistas perderam a vida. Havia sido registrada a morte de 23 ciclistas em acidentes de trânsito no DF em 2022. A maior parte das mortes (12) aconteceu em vias rurais (onde não há ciclovias ou ciclofaixas).

Quem é o novo responsável pela manutenção das ciclovias 

O atual secretário de Obras é Valter Casimiro, que dirigiu a Semob até abril de 2023. Ele estava naquela pasta desde 2019 – desde o início do primeiro mandato do governador Ibaneis Rocha (MDB). Antes, foi ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil no mandato do ex-presidente Michel Temer (MDB).
No ano passado, após 5 anos à frente da pasta da Mobilidade, Casimiro deixou a Semob porque recebeu um convite para retornar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Ficou lá até abril deste ano, quando Ibaneis o chamou de volta ao GDF, com o desafio de tocar as mais de 2.000 obras que estão na pauta do governo. Ele é considerado “homem de confiança” do governador.
Em 2022, no início da segunda gestão, entre as tarefas que havia assumido com Ibaneis foi justamente ajustar o programa Cicloviário. Quando do retorno dele ao GDF, Casimiro ressaltou a importância de uma atuação conjunta entre a Secretaria de Obras e outros órgãos do governo para enfrentar tais questões e garantir a qualidade das infraestruturas urbanas do DF – discurso que começa a pôr em prática, agora.
Sobre a nova missão, Valter Casimiro disse à “Brasilianas”: "As bicicletas são uma alternativa saudável e ecologicamente correta ao automóvel e ao transporte coletivo. Ter ciclovias e mantê-las em bom estado de conservação é fundamental para que os ciclistas possam se locomover e chegar ao seu destino com segurança."


CÂMARA LEGISLATIVA OUVIRÁ SECRETÁRIO DE MOBILIDADE NA PRÓXIMA SEMANA – Foi agendada na tarde de ontem a audiência da Comissão de Transportes e Mobilidade Urbana da Câmara Legislativa que ouvirá as explicações do secretário Zeno Gonçalves sobre as propostas de mudança na cobrança das tarifas de ônibus. A reunião será na quarta-feira, dia 29 de maio, às 18h, na sala de Comissões da Câmara Legislativa.
Ontem, “Brasilianas” publicou a intenção do presidente da Comissão, deputado Max Maciel (PSol) em saber detalhes sobre a decisão do GDF de não mais aceitar pagamento em dinheiro dentro dos ônibus da frota do DF, a partir de 1º de julho. A data, muito próxima, preocupa Max Maciel: ”Se a Secretaria de Mobilidade não tiver condições para garantir isso no momento, então precisa ampliar o prazo (inicial de 45 dias) para conseguir atender a população da maneira necessária.”


EDUCAÇÃO É TEMA DE AÇÃO NO TRIBUNAL DE CONTAS, COM INSCRIÇÕES ABERTAS – O Tribunal de Contas do Distrito vai promover uma “Maratona Temática em Educação” e convida servidores e cidadãos a participarem. Voltado para o debate sobre políticas públicas e ações de fiscalização na área, o evento será realizado nos dias 13 e 14 de junho, das 14h às 18h, no Plenário da Corte. No primeiro dia, haverá credenciamento a partir das 13h30. As inscrições estão abertas até o dia 11 de junho pelo portal da Escola de Contas do TCDF, organizadora do evento: https://escon.tc.df.gov.br/.
A programação inclui painéis sobre os desafios e os projetos educacionais em curso no DF; o Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF); as boas práticas em políticas educacionais; as Parcerias Público-Privadas (PPPs) na área; o controle sobre os dados do Censo da Educação Básica; a avaliação da implementação e da gestão do Plano Distrital de Educação pelo TCDF; entre outros assuntos.
Podem participar servidores públicos federais, estaduais, municipais e distritais, especialmente gestores e educadores da Secretaria de Educação do DF (SEE/DF). Integrantes da sociedade interessados no tema também podem se inscrever.
As discussões serão mediadas por representantes do TCDF, do Tribunal de Contas da União (TCU); do Ministério Público junto ao TCDF (MPjTCDF); do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); da Secretaria de Educação do DF (SEE/DF); da Controladoria-Geral do DF (CGDF); e da Polícia Civil do DF (PCDF).
O evento também terá representantes do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC); do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (MPC/SP); e da Secretaria Municipal de Educação de Sobral (CE).

 

SECRETARIA DE CULTURA DISPONIBILIZARÁ R$ 45 MILHÕES PARA O EDITAL DO FAC, QUE ESTÁ COM INSCRIÇÕES ABERTAS

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O FAC-DF está com inscrições abertas | Foto: Reprodução
 

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa está com as inscrições abertas para os interessados em disputar os recursos do Fundo de Apoio à Cultura – FAC/DF. O objetivo do edital é promover a descentralização da execução dos projetos e a democratização do acesso aos recursos disponibilizados.
São 3 as modalidades previstas: 1) Ampla Concorrência (projetos de pessoa física ou jurídica, com registro válido no Cadastro de Entes e Agentes Culturais – CEAC); 2) Regionalizadas (que comprove residência nas regiões administrativas descritas no Anexo I do edital); e 3) Meu Primeiro FAC (proponente, pessoa física ou jurídica que não tenha celebrado termo de ajuste com o FAC).
As inscrições vão até 04 de junho, às 23h59.

 

Criação de pescados bate recorde com formalização de produtores rurais

Criação de pescados bate recorde no DF, com 2.000 toneladas de peixe no ano passado | Foto: Agência Brasília

Em 2023, o DF produziu 2.000 toneladas de peixe, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater). Esse volume é considerado o maior da história da capital, representando um aumento de quase 25% em relação a 2019. Esse salto expressivo na criação reflete o potencial e a atratividade do negócio no DF.
O Gama concentra mais de um quarto de toda a produção local e, em 2023, foi responsável pela criação de 555 mil kg de peixes. Do total de criadores, em torno de 100 comercializam regularmente a produção. Os demais produzem para a própria subsistência ou para o comércio informal.

Os números da Emater indicam que o quantitativo de produtores rurais dedicados à criação de peixes também acompanhou a tendência de crescimento da atividade. Nos últimos cinco anos, o montante de piscicultores cresceu 47,3%, saltando de 624, em 2019, para 919, no último ano.
Para o presidente da Emater, Cleison Duval, um dos desafios da empresa está justamente na formalização desses piscicultores menores. "O nosso grande projeto é incentivar a agroindústria de pequeno porte. É uma preocupação nossa formalizar esses produtores para eles se inserirem no mercado formal e institucional", afirma.