Por: William França

BRASILIANAS | Jardim Botânico ganhará mais 2 viadutos para abrigar novo bairro em Brasília

O novo bairro, Quinhão 16, está sendo estruturado entre outros 5 condomínios. Deve começar a ser comercializado em 2 anos | Foto: Projeto Cidade Empreendimentos

Os 3 viadutos integram a nova malha viária que tornará possível um novo bairro, o Quinhão 16. Um viaduto está em obras. Outro "pulou a fila" e começará em breve. O terceiro, ainda não tem projeto.

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O novo bairro terá cerca de 5.200 moradores, em quase 1.600 apartamentos, em prédios de 5 pavimentos | Foto: Projeto Cidade Empreendimentos
 

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Viaduto que será inaugurado em agosto, no antigo Balão da Esaf. Projeto foi doado. | Foto: Projeto Cidade Empreendimentos
 

Está sendo preparado, quase que silenciosamente, um novo bairro entre os condomínios Solar de Brasília, Quintas do Sol, Ville de Montagne e Village Alvorada. O novo empreendimento deverá abrigar cerca de 5.200 moradores, dispostos em quase 1.600 apartamentos que serão construídos em edifícios com 5 pavimentos. Previsão que comece a ser vendido em até dois anos.

Em dezembro de 2019 (no primeiro ano do governo Ibaneis), o Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) aprovou o projeto urbanístico do bairro "Quinhão 16", no Jardim Botânico. O parcelamento de solo, que tem 104,56 hectares, divididos em duas poligonais, fica em área de propriedade privada.

O projeto tem como interessada a empresa Cidade Empreendimentos Imobiliários S/A. Na junta comercial, a empresa está em nome de Gilvan Farah Junior (diretor), Paulo Sergio Coelho, Jose Efraim Neves da Silva e Roberto Rubinger Botelho.

Para o empreendimento obter a licença, houve algumas condicionantes. A primeira foi a de criar uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A área de preservação terá 54,22 hectares e corresponderá a mais de 50% de todo o parcelamento. Também terá de ter um Estudo de Relevância para a proteção da Caverna Toca da Mata, que está dentro da poligonal do Quinhão 16.

Por conta do impacto que vai provocar na mobilidade, outro compromisso da Cidade Empreendimentos foi melhorar o sistema viário da região. Por conta disso, a empresa "doou" o projeto 2 de viadutos, a fim de dar fluidez ao trânsito.

O primeiro desses viadutos é o que já está em obras, no antigo Balão da ESAF. A previsão é que ele seja concluído em agosto. A obra, que vai custar R$ 33,5 milhões, está sendo feita no modelo trincheira.

O segundo projeto prevê a construção de um viaduto elevado na chamada "descida da Ponte JK" - bem em frente ao condomínio Solar de Brasília. Este ainda não saiu da prancheta.

Ontem, Ibaneis decidiu mudar a ordem dos viadutos

O terceiro viaduto não está na lista das compensações do novo bairro. "Brasilianas" apurou que ontem, pela manhã, o governador Ibaneis Rocha determinou aos técnicos do GDF que seja feito, em segundo lugar, o viaduto que ligará o Jardim Botânico a São Sebastião, que será construído onde hoje existe um balão, bem próximo à entrada do Mangueiral.

A ligação entre a DF-463 e a DF-001 é atualmente um dos pontos de grande estrangulamento do trânsito. Essa ligação não tem relação direta com o novo bairro, mas faz parte do projeto de dar fluidez à região do Jardim Botânico, que também terá outros empreendimentos imobiliários no Tororó, que vão até a divisa com Goiás - onde hoje já existe o semidesértico empreendimento Alphaville Brasília.

Por conta dessa construção do Quinhão 16, outros impactos (positivos) no trânsito devem acontecer. Um deles é uma pista que, hoje, parece não ter solução. A Rodovia do Sol, a rua de 22 km que corta vários condomínios particulares na região, será interligada com as vias internas do novo bairro. Enfim, um escoamento para o local que hoje só tem uma única via de acesso, e de mão dupla.

 

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE GERA CRÍTICAS AO GDF

Por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, ontem, deputados distritais foram à tribuna da Câmara Legislativa para se pronunciarem em defesa dos recursos naturais do DF. O deputado Ricardo Vale (PT) ressaltou que o efeito das mudanças climáticas já pode ser sentido no DF. "A temperatura já subiu demais no Distrito Federal. Temos que discutir formas de pelo menos amenizarmos esse impacto na vida das pessoas", afirmou.

O deputado Gabriel Magno (PT) criticou a gestão do meio ambiente pelo GDF. "Pela primeira vez o cerrado ultrapassa a floresta amazônica em área desmatada, e o governo do DF tem feito muito pouco ou quase nada para proteger o meio ambiente. A mata nativa está sendo destruída pela sanha imobiliária", disse.

Max Maciel (PSOL) chamou a atenção para a contaminação do lençol freático do DF. "O rio Melchior, o ribeirão Sobradinho e o ribeirão Mestre D'armas estão poluídos. O território onde fica o reservatório das Águas Emendadas já está com o solo contaminado por mercúrio. Estamos colocando a capital do país em sério risco de ficar sem abastecimento de água potável", alertou.

 

Cães da PMDF garantem a segurança de abrigos para vítimas das enchentes no Sul

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O pastor-belga-malinois Scoot, do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães) da PMDF, patrulhou, durante 20 dias, os abrigos de vítimas das enchentes no RS, para evitar crimes. | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

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A pastor-belga-malinois Lisa, do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães) da PMDF, também ajudou no patrulhamento dos abrigos das vítimas das enchentes. | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Os pastores-belga-malinois Lisa e Scoot, do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães) da PMDF regressaram a Brasília, após atuaram por 20 dias em abrigos nas cidades de Porto Alegre, Alvorada e Canoas. Eles foram fundamentais no policiamento ostensivo e para a garantia da segurança das vítimas das enchentes, que estão abrigadas desde o início da tragédia.

Treinados para reconhecer a presença de armas e entorpecentes, os K9 Scoot e Lisa trabalharam ao lado dos 25 policiais militares especializados dos grupamentos do BPCães, Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Operações Lacustres e Patamo, para ampliar a capacidade das forças de segurança de manter a ordem e proteger os cidadãos em um momento de extrema vulnerabilidade.

"Os cães foram utilizados no policiamento ostensivo dos abrigos e ajudavam as crianças a descontraírem", explica o segundo-sargento Tadeu Dávalos. "Nesse meio tempo, a gente fazia também o combate ao tráfico nos abrigos. Então, se alguém passasse ali com alguma droga, a gente conseguia localizar e retirar esse entorpecente de dentro do abrigo", prossegue o militar.