BRASILIANAS | Tratadores fazem ações temáticas do Dia dos Namorados para animais no Zoo

Em clima de romance, os servidores do Zoológico de Brasília buscaram os animais, que vivem como casais, para comemorar o Dia dos Namorados.

Por William França

Julian e Pandora, o casal de lêmures, ganhou um varal de frutas para comemorar o Dia dos Namorados

Tony Oliveira/ gência Brasília - Macau e Saraê, o casal de ariranhas, está "em lua-de-mel", segundo o Zoo, e ganhou picolés de carne e frango

Em clima de romance, os servidores do Zoológico de Brasília buscaram os animais, que vivem como casais, para comemorar o Dia dos Namorados. Um varal de frutas foi disposto para os lêmures. Picolés de carne e frango, em formato de coração, foram entregues para as ariranhas.

Os mimos fazem parte de uma ação especial que levou enriquecimento alimentar e ambiental romântico aos casais de animais. "A gente tem alguns casais muito especiais. Selecionamos alguns para ofertar o enriquecimento alimentar e sensorial. O enriquecimento faz parte da rotina do zoológico. Temos um cronograma mensal para os animais. É uma forma mais divertida de proporcionar o que eles teriam no habitat natural", afirmou a gerente de Bem-estar do Zoo, Camila Rocha.

O Zoo DF é referência mundial na reprodução de ariranhas. E o casal que vive junto por lá, desde 2022, Macau e Saraê (ou Sarinha, para os cuidadores diários), está em lua-de-mel. "Eles são um casal firme, já procriaram e eles namoram muito, então a gente fica sempre de olho se vai ter mais uma reprodução", destacou Camila.

Macau veio de um zoológico da Alemanha e chegou a Brasília em 2019. Já a fêmea Saraê chegou em 2022, após decisão da Associação de Zoológicos e Aquários no Brasil, junto com o ICMBio, para reprodução da espécie. Ela estava no Aquário de São Paulo.

Já os lêmures Julian e Pandora - outro casal muito querido pelo Zoo e pelo público brasiliense - chegaram em abril do ano passado transferidos do Zoo Parque Itatiba, em São Paulo.

E o Zoo, em breve, pode receber mais filhotinhos de lobo-guará, do casal Mônica e Zangado. A fêmea apresentou ganho de peso e mudança no comportamento ao cavar tocas, sinais de que pode estar prenha. "Eles já estão mais separados do público, mais escondidos para respeitar a privacidade e não causar nenhum dano a essa possível gestação", ressaltou a gerente de Bem-estar.

Diversos outros casais compõem a fauna conservada pelo zoológico da capital. Desde outubro de 2023, nasceram 15 animais - entre escorpiões, jiboias, tamanduás-mirim, aranhas-armadeiras e jacutingas.

O diretor-presidente do Zoo, Wallison Couto, reforça a importância do trabalho feito para proporcionar a conservação das espécies ameaçadas de extinção acolhidas no Zoológico de Brasília. "Um dos pilares que temos é a questão da conservação do meio ambiente e dos animais. Com os casais há a questão da reprodução que também é importante. Quando eles estão bem cuidados e reproduzindo, além de contribuir com a parte de educação para nós, contribui para a conservação das espécies", observou.