Por: William França

BRASILIANAS | Respeito à faixa de pedestres será votado como Patrimônio Imaterial do DF no dia 19

A faixa de pedestres poderá se tornar patrimônio imaterial de Brasília | Foto: Divulgação/Detran-DF

O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac-DF) marcou para o dia 19 de julho a apresentação e a votação de pareceres que podem reconhecer a cultura de respeito à faixa de pedestres como Patrimônio Cultural Imaterial do DF. A iniciativa de reconhecimento surgiu a partir de uma proposta da organização não governamental (ONG) Andar a Pé, enviada ao Condepac-DF.

No dia 1º de abril passado, completou-se 27 anos de adoção da faixa de pedestres no DF. Segundo o último levantamento divulgado pelo GDF, desde o início deste ano, 1.500 faixas foram renovadas, dando prioridade às próximas de escolas. Atualmente, existem 4.471 travessias nas vias urbanas no DF, sendo 727 instaladas entre 2019 e 2024.

O processo de reconhecimento será feito a partir do voto de 5 voluntários, que se apresentaram durante a última reunião do Condepac, a 24ª, realizada na última terça-feira (9). Os voluntários são o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, e quatro representantes da sociedade civil.

"O parecer deverá conter a delimitação teórico-conceitual do bem a ser registrado, um breve histórico e as opiniões sobre se aprovam ou não o registro desse bem cultural como patrimônio, assim como proposições de ações de salvaguarda. Caso aprovada, a manifestação cultural será inscrita em um livro de registro de patrimônio imaterial", explica o subsecretário.

Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, o respeito à faixa de pedestres é uma marca brasiliense reconhecida nacionalmente. "Talvez essa questão do respeito pela faixa de pedestres seja um dos grandes elementos identificadores dos brasilienses fora de Brasília. Se você estiver andando em qualquer lugar do Brasil e observar algum pedestre dando sinal ou um motorista parando ao visualizá-lo, é comum pensar: é brasiliense", justifica Abrantes.

Se aprovada pelo Conselho do Patrimônio Cultural, a comunicação do reconhecimento é encaminhada para o governador Ibaneis Rocha (MDB), que edita um decreto oficializando o processo. Daí, se juntará a outros bens imateriais registrados no DF, como a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc), o Bumba Meu Boi do Seu Teodoro, o Clube do Choro de Brasília, a Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; o Ideário Pedagógico de Anísio Teixeira, a Via Sacra ao vivo de Planaltina e a Praça dos Orixás e Festa de Iemanjá.