BRASILIANAS | DF poderá ter videomonitoramento em faixas de pedestres
O DF conta com 4.305 faixas de pedestres, sendo 3.591 sem sinal de semáforo. Videomonitoramento pode auxiliar em emergências
O DF conta com 4.305 faixas de pedestres, sendo 3.591 sem sinal de semáforo. Videomonitoramento pode auxiliar em emergências
O projeto de lei 754/2023, que prevê a instalação de câmeras de videomonitoramento em todas as faixas de pedestres no DF, foi aprovado pela Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A matéria é de autoria do deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP).
O texto determina que as câmeras de videomonitoramento deverão ser integradas ao sistema de segurança pública do DF, permitindo o monitoramento em tempo real. O projeto ressalva ainda que o acesso às imagens capturadas pelas câmeras será restrito às autoridades competentes e utilizado exclusivamente para fins de segurança viária e investigação de incidentes.
Segundo Daniel de Castro, o objetivo da proposta é proporcionar um ambiente mais seguro e protegido para os pedestres que utilizam as faixas de travessia, abrangendo aspectos de segurança, fiscalização, prevenção e investigação de incidentes. "É uma medida proativa, focada na prevenção, segurança e proteção dos pedestres, contribuindo para um trânsito mais seguro e responsável", afirmou o distrital à Agência CLDF.
O distrital aponta que o videomonitoramento pode inibir comportamentos perigosos de condutores e pedestres, e possibilitar uma resposta mais rápida a emergências. Além disso, deve contribuir para a investigação de incidentes, fornecendo evidências que podem ser utilizadas para apurar responsabilidades e elucidar circunstâncias.
Em parecer favorável ao mérito, o relator, deputado Fábio Felix (PSOL) citou os dados do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF): o DF conta com 4.305 faixas de pedestres, dentre estas, 3.591 sem sinal de semáforo.
Os deputados Martins Machado (Republicanos) e Pepa (PP) alertaram sobre os possíveis impactos financeiros da medida, devido aos custos de implementação. Nesse contexto, o colegiado entendeu que cabe à CMTU apreciar a matéria quanto ao mérito, devendo o projeto avançar a tramitação nas demais comissões, que vão analisar outros aspectos, como os possíveis impactos financeiros na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF).
Exame do Detran
Também de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, a CMTU aprovou, na forma de substitutivo, o Projeto de Lei 66/2023, que institui o direito ao atendimento especializado para as pessoas com deficiência auditiva, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e dislexia no exame escrito realizado pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). A finalidade é garantir o direito de concorrer em igualdade de condições com os demais candidatos, uma vez que o exame, realizado pelo Detran, é necessário à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
De acordo com o texto, o atendimento especializado se dará pela concessão de tempo em dobro e pela possibilidade de utilização de software específico. Os candidatos devem comprovar sua necessidade por meio de laudo médico ou de profissional especializado, com base nas normas do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM) ou Classificação Internacional de Doenças (CID).
Os dois projetos de Daniel de Castro seguem para análise das comissões de Assunto Sociais (CAS), Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) e Constituição e Justiça (CCJ).
Área central de Brasília recebe mais 18 câmeras de monitoramento
Os equipamentos foram cedidos por meio de Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Secretaria de Segurança Pública e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e possuem como diferenciais a possibilidade de zoom em maior resolução, infravermelho para melhor visibilidade noturna e preparação para tecnologia de recolhimento facial.
Das 18 câmeras cedidas pelo acordo, 16 já estão em funcionamento e foram instaladas na zona central de Brasília. Desde o início do programa, em 2013, foram investidos cerca de R$ 70 milhões.