O jornalista, advogado e historiador Wilon Vander Lopes lança hoje, às 19h, na sede do Instituto Histórico e Geográfico do DF (703/903 Sul), o seu livro "Foi só um tiro". Em agosto de 1968, um estudante foi baleado na cabeça durante a invasão dos militares à UnB. Waldemar Alves da Silva Filho sobreviveu, depois de ficar em coma, mas perdeu 60% da visão do olho esquerdo e tem dificuldades de raciocínio. Até hoje, busca reparação pela agressão.
É com esse mote que Wilon trata de como a Universidade de Brasília resistiu, em meio à ditadura militar. "O fato teve péssima repercussão por todo o país e pelo mundo afora, inclusive entre os militares, muitos deles pais de alunos", conta.
"O pior aconteceu para a ditadura: o desencontro entre o que havia sido planejado (acabar com a novel universidade) com o que foi executado (a violenta e desastrada invasão). Ela também foi um tiro no pé", conclui Wilon Vander.
O autor é membro do Instituto Histórico e Geográfico do DF, do qual foi conselheiro. É presidente da Confraria dos Cidadãos Honorários de Brasília e da Associação dos Jornalistas de Turismo. Edita e dirige o jornal "Satélite", que há 58 anos fala e trata de Taguatinga.
