BRASILIANAS | Estrutural ganha comitê de acolhimento a mulheres vítimas de violência

Este é o quarto espaço dedicado ao atendimento de mulheres vítimas de violência inaugurado pelo GDF. Serão ao menos 7 em todo o DF neste ano, disse a vice-governadora Celina Leão

Por William França

A vice-governadora Celina Leão lembrou que a criação dos comitês foi aprovada pela Lei nº 7.266/2023

Este é o quarto espaço dedicado ao atendimento de mulheres vítimas de violência inaugurado pelo GDF. Serão ao menos 7 em todo o DF neste ano, disse a vice-governadora Celina Leão

O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta segunda-feira (16), o Comitê de Proteção à Mulher da Estrutural. É o quarto espaço entregue pelo Executivo inteiramente dedicado ao atendimento, proteção e acolhimento de vítimas em situação de violência doméstica e familiar. A unidade funcionará no interior da administração regional da cidade.

Presente no evento, a vice-governadora Celina Leão lembrou que a criação dos comitês foi aprovada pela Lei nº 7.266/2023, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha. O principal objetivo é levar proteção e promover os direitos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

A deputada distrital Doutora Jane (MDB), que já atuou como delegada na Estrutural, lembrou a importância de ter um Comitê de Proteção à Mulher na cidade. “A Estrutural é uma cidade que faz parte da minha vida. Sei o quanto as mulheres que moram aqui precisam desse acolhimento e nosso objetivo é esse. O comitê, instalado pelo GDF, tem portas abertas para a comunidade”, afirmou a deputada.

Nos locais, elas contarão com um atendimento acolhedor e direcionado para quem teve direitos ameaçados ou violados. “É onde a mulher vai encontrar acolhimento. Muitas delas não querem, em um primeiro momento, recorrer à delegacia. Elas buscam, antes de tudo, entender o que está acontecendo e é nesse lugar que elas encontrarão equipes especializadas para auxiliarem no que for preciso”, detalhou a gestora.

Além da Estrutural, as cidades de Itapoã, Ceilândia e Lago Norte já possuem espaços de acolhimento às mulheres em funcionamento. A meta é concluir o ano com sete unidades em operação, sendo as próximas nas regiões de Águas Claras, Santa Maria e Sobradinho. “O GDF se comprometeu a ampliar o número de comitês, que seriam, inicialmente, sete espaços. Houve pedidos e existe uma demanda espontânea das próprias regiões administrativas por unidades”, prosseguiu a vice-governadora.

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destacou a importância de ampliar o acesso das mulheres vítimas de violência aos canais de informação do governo. “A informação liberta a mulher, a encoraja a procurar ajuda, a buscar apoio. Aqui, nos comitês, dependendo da sua necessidade, são vários caminhos e encaminhamentos. O objetivo é que elas se sintam acolhidas e saibam que o Estado está presente.”

Tony Oliveira/Agência Brasília - "A informação liberta a mulher, a encoraja a procurar ajuda, a buscar apoio", afirmou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira

Panorama da violência

Na inauguração do comitê do Lago Norte, em 23 de agosto, o GDF lançou a pesquisa “O Panorama da Violência Contra a Mulher no DF”. O levantamento será realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPE-DF), para mapear o perfil sociodemográfico das vítimas de violência doméstica na capital para embasar ações e políticas públicas que garantam a vida e a segurança das mulheres. Serão entrevistadas 5 mil pessoas em todas as regiões do DF.