Por: William França

BRASILIANAS | GDF nega envolvimento de Ibaneis na cessão de estacionamento público

Esta é uma imagem antida do estacionamento público (que ora está fechado) ao lado do STF | Foto: Google Maps

'Responsabilidade é do Supremo Tribunal Federal', afirmou assessoria do governador

O mistério sobre de onde partiu a ordem para fechar um estacionamento público, com 271 vagas, situado próximo à Praça dos Três Poderes, começa a ser solucionado. Ontem, "Brasilianas" publicou aqui o que se ouvia nos corredores da Câmara dos Deputados: que havia sido ordem do governador Ibaneis Rocha (MDB).

Após dois dias de insistência por parte desta coluna, e de ontem reiterar também por duas vezes o pedido de explicações, o Palácio do Buriti tratou de eximir o governador da confusão, que resultou no fechamento de uma área pública, sem prévia comunicação com ninguém.

"O estacionamento foi fechado pela segurança do Supremo Tribunal Federal (STF)", disse a assessoria de imprensa de Ibaneis Rocha. Até então, o que se ventilava é que o governador havia mandado fechar, que tinha privatizado ou mesmo "doado" o espaço para o Supremo.

De posse da informação de que o GDF atribuía a responsabilidade do fechamento tão-somente ao Supremo Tribunal Federal, outra "batalha" foi iniciada por esta coluna. Ao fim de vários pedidos e muita insistência, a assessoria de imprensa do STF enfim confirmou que partiu mesmo de lá a decisão do fechamento.

"O estacionamento está fechado desde o atentado de 13 de novembro por questões de segurança e somente será reaberto após reestruturação para fins de controle de acesso", afirmou a assessoria.

Só que, daí, surgiram outras inconsistências. O estacionamento foi fechado no dia 27 de novembro - e não desde o atentado, no dia 13. E o carro que explodiu não estava nesse espaço fechado, mas em outro estacionamento, em frente ao Anexo IV da Câmara - distante cerca de 200 metros.

Descoberto o mistério, outras perguntas continuam. "Brasilianas" insistiu em saber quando será reaberta a via de acesso da S-2 à Praça dos Três Poderes (interditada, junto com o estacionamento) e, se após a tal reestruturação, se o acesso continuaria público. "Vamos aguardar", afirmou a assessoria do STF.

Vale lembrar, ainda, que a área foi fechada sem que fosse feita qualquer comunicação prévia a alguém. Nem mesmo à vizinha Câmara dos Deputados, que também ocupa o espaço junto com o público. E que o espaço, fechado, está subutilizado - ontem foi registrado o uso por pouco mais de 10 carros no espaço, onde cabem 270 veículos.