Número é mais que o dobro da média nacional. Por outro lado, apenas 0,1% da população brasiliense vive em casa de apenas um cômodo
O Distrito Federal é uma região sui generis, como eu afirmei na última semana. Novos números do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçam, mais uma vez, a situação peculiar do Quadradinho.
Agora, a revelação se dá pelo número de cômodos das casas em que moram os brasilienses. Cerca de 13% dos brasilienses vivem em grandes residências com mais de 10 cômodos.
Esse número representa mais que o dobro da média nacional (que é de 5,9%) e coloca o Distrito Federal como a unidade da Federação com a maior taxa de todo o país.
O segundo Estado com maior proporção de grandes casas é Minas Gerais, que estava 5 pontos percentuais atrás, com 8% da população residindo em domicílios com 10 cômodos ou mais. Já a localidade que tem a menor proporção nesse indicador é o Acre, com 1,8%.
Em 2022, pouco mais de 3.000 pessoas (correspondendo a 0,1% da população) moravam em domicílios de apenas um cômodo no DF. No Brasil, esse percentual atinge a 0,2%.
Em todo o país, a maior parte das pessoas (44,4%) moram em imóveis que têm entre 6 e 9 cômodos. No DF, esse percentual é um pouco maior: 44,9%.
Os cômodos são contabilizados como todos os espaços cobertos por um teto e limitados por paredes (construção vertical que permite limitar, dividir ou vedar espaços) que sejam parte integrante do domicílio, inclusive banheiro e cozinha. Não são considerados cômodos os corredores, as varandas e as garagens.
Número de pessoas por cômodo
Além do número de cômodos de cada domicílio, o Censo Demográfico produziu também informações sobre o número de dormitórios em cada domicílio e, assim, foi possível medir a densidade das casas (número de pessoas por dormitório).
No DF, em 2022, apenas 1,8% dos domicílios tinha mais de 3 moradores por dormitório (ou seja, pelo menos 3 pessoas dormiam no mesmo ambiente). No Brasil como um todo, a diferença é de quase 70% - para mais.
Ou seja, em 2022, 2,6% dos domicílios particulares permanentes brasileiros tinha mais de 3 moradores por dormitório, o que significa dizer que ao menos 4 pessoas dormiam no mesmo ambiente.
No DF, os domicílios com mais de 1 morador até 2 moradores por dormitório representavam 51,8% do total. No Brasil, representavam 53,9% do total.
Quando se observa os domicílios em que existe apenas 1 pessoa por dormitório, aqui no DF esse número alcançava 39,5%. Quando se olha o país, esse percentual é menor, representado por 35,1%.