BRASILIANAS | Plano de Mobilidade Urbana do DF entra em nova etapa
A participação popular é considerada uma das mais importantes etapas para o futuro do transporte público e da mobilidade no DF
A participação popular é considerada uma das mais importantes etapas para o futuro do transporte público e da mobilidade no DF
Entre os dias 16 e 19 de dezembro (de segunda a quinta da próxima semana), serão realizadas as oficinas regionais dentro da proposta de atualização do Plano Diretor de Transporte Urbano do Distrito Federal (PDTU-DF) e da elaboração do Plano de Mobilidade Urbana do Distrito Federal (PMUS).
As oficinas serão presenciais, abertas ao público e estão organizadas em 12 grupos, que reunirão o conjunto das 33 Regiões Administrativas do DF (veja abaixo a lista, com data e horário). Essas oficinas têm a finalidade de discutir o diagnóstico do sistema de transporte e de mobilidade urbana do DF e receber contribuições para orientar a elaboração dos dois planos.
"Essa é uma das fases mais importantes desse processo", disse à "Brasilianas" o secretário de Transportes e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves. "É quando a comunidade vai dizer o que espera e o que está faltando, para que possamos direcionar as políticas públicas para buscar a solução e a melhoria tanto do transporte público quanto da mobilidade como um todo, que inclui até mesmo ciclovias, por exemplo".
"Os dados levantados vão facilitar o entendimento referente ao deslocamento e à interação entre diferentes modos de transporte e o espaço urbano", reforça Zeno Gonçalves. Além das oficinas regionais, serão realizadas quatro audiências públicas e outras oficinas temáticas. "Tudo para garantir a inclusão de diversas perspectivas em um processo contínuo de participação da sociedade", completou.
Um trabalho depende do outro
Segundo as normas, a atualização do PDTU se baseia em pesquisa de origem-destino por amostra de domicílios e incorporará as definições do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (PDOT). O PDTU tem de ser atualizado quando é feito o Censo Demográfico pelo IBGE.
Esse processo de atualização do PDTU está sendo feito pelo LabTrans, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O acordo com o LabTrans se deu por meio de um convênio tripartite entre a Semob, a UFSC e a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese).
Após a validação dessas propostas pela sociedade, serão estabelecidos objetivos, metas e ações estratégicas para melhorar o transporte urbano da população. Para atualizar o PDTU, os técnicos do LabTrans vão considerar a população estimada de 3,1 milhões de habitantes e fazer uma série de pesquisas que abrangem 13 municípios do Entorno do DF.
Os pesquisadores estão levantando as condições reais de prestação dos serviços de transporte coletivo e os dados para projeção de cenários futuros a serem desenvolvidos em até 15 anos.
Com essas informações, o LabTrans apresentará um diagnóstico da mobilidade urbana no DF e Entorno com alternativas para problemas e projeções de demanda. Esses dados também permitem elaborar o Plano de Mobilidade Urbana, atendendo à Lei Federal nº 12.587/2012.
CLDF participa da elaboração do PDTU
A Comissão de Trabalho e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa do DF já participou da audiência pública sobre a elaboração do PDTU e do PMUS, realizada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal no dia 10 de julho. Também se fez presente em outras reuniões com a Semob/DF sobre o tema.
"As oficinas constituem a etapa final de participação popular no processo de elaboração dos referidos Planos; portanto, a presença de todos é fundamental", enfatiza o deputado Max Mavciel, presidente da CTMU.