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Uso público de áreas protegidas

Doutorandos do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília (UnB) apresentaram um projeto de pesquisa ao Instituto Brasília Ambiental.

As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasília Ambiental e Agência Brasília na quarta-feira (8).

A iniciativa tem como objetivo avaliar 20 das 82 unidades de conservação (UCs) sob gestão do instituto, com o objetivo de propor melhorias que incentivem o uso público por meio de possíveis parcerias público-privadas (PPPs).

O projeto, denominado UC/DF-Uso Público, propõe analisar fatores que indicam as condições de uso das áreas protegidas e a interação do público com esses espaços.

A pesquisa pretende reunir informações sobre como as UCs são utilizadas, as expectativas dos frequentadores e as possibilidades de colaboração para gestão compartilhada.

Entre os aspectos avaliados estão os atrativos de cada unidade, as condições de acesso, as influências do ambiente externo e as formas de utilização pelos visitantes.

Além disso, será estudado o potencial de parcerias público-comunitárias e o grau de engajamento social da população.

Ainda segundo os dados divulgados, os pesquisadores também pretendem atribuir indicadores e notas às UCs analisadas, considerando critérios como qualidade dos atrativos ecológicos e infraestrutura.

Por exemplo, uma unidade com grande potencial ambiental, mas acesso precário, receberá uma avaliação que reflita esses contrastes. As notas serão somadas para obter uma classificação final.

O Instituto Brasília Ambiental é responsável por 82 UCs no Distrito Federal, que englobam áreas de proteção integral e uso sustentável.

Segundo a equipe responsável pela pesquisa, o estudo pode embasar decisões estratégicas que fortaleçam a integração entre gestão pública e comunidade acadêmica, promovendo soluções técnicas e inovações para o aprimoramento das áreas.

O levantamento permitirá a criação de estratégias para viabilizar parcerias e melhorar a oferta de serviços nessas áreas.

A pesquisa também visa identificar demandas específicas que possam ser atendidas por meio de investimentos ou colaborações externas, beneficiando tanto a conservação ambiental quanto o público que frequenta as unidades.

Com foco em unir conservação e uso público, o estudo contribui para a gestão mais eficiente das UCs, garantindo que sejam acessíveis e adequadas às necessidades dos frequentadores, além de incentivar a sustentabilidade no longo prazo.

Essa colaboração entre academia e gestão pública pretende ampliar a capacidade de planejamento das UCs e fortalecer o papel das áreas protegidas.