BRASILIANAS | A derrocada da TCB iniciou-se no governo do petista Agnelo Queiroz
Na época, a empresa foi proibida de participar da licitação que partilhou a operação dos ônibus do DF e ficou com apenas 0,9% das linhas
Na época, a empresa foi proibida de participar da licitação que partilhou a operação dos ônibus do DF e ficou com apenas 0,9% das linhas
A derrocada da TCB iniciou-se no governo do petista Agnelo Queiroz (2011-2014). Para entender melhor, vamos voltar um pouco no túnel do tempo.
Entre as décadas de 1960 e 1980, a TCB viveu seu apogeu: era considerada modelo nacional em transporte público urbano, tendo alcançado, na década de 1960, cerca de 96% das linhas de ônibus do Distrito Federal.
A partir da década de 1990, a TCB deixou de atender as linhas das regiões administrativas e as linhas grandes-circulares (no Plano Piloto) - que, na época, representavam o melhor filão para a empresa.
No governo Agnelo Queiroz, a empresa "sofreu um haraquiri governamental" - na definição do colega jornalista Chico Sant'Anna, que acompanha essa história de perto há anos.
Agnelo promoveu uma licitação para que novas empresas atendessem às chamadas "bacias" (reunião de regiões administrativas atendidas), mas proibiu que a TCB participasse do certame. Na época, a Viplan (até então a maior delas) dava sinais de falência, após o Grupo Canhedo, dono da empresa, ter adquirido e quebrado a VASP.
Assim, foram retiradas praticamente todas as linhas da empresa, que ficou com 0,9% das linhas em operação - muitas delas sobrepostas às licitadas, como a que liga a Rodoviária à Praça dos Três Poderes. Essa última que estava na ativa.
Depois dessa licitação, a TCB ainda foi chamada por Agnelo Queiroz para servir de intervencionista na Viação Amaral, do então senador Valmir Amaral, então no PTB. A empresa quebrou e a TCB passou a operar as linhas que antes eram dela mesma, mas com cerca de 300 ônibus privados. A operação custou bilhões aos cofres do GDF.