Por: William França

BRASILIANAS | Áreas dos BRTs, escadas rolantes e elevadores são prioridade

As reformas na estrutura, neste momento, são para corrigir problemas maiores. Toda a estrutura será revista, em até 7 anos | Foto: Joel Rodrigues

Embora tenham prazo de até sete anos para fazer as reformas estruturais, a Catedral pretende realizar obras que demonstrem mudanças positivas no terminal

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Novos terminais para o BRT serão feitos na área central da Rodoviária | Foto: Divulgação/Semob

O contrato de gestão com o GDF prevê investimentos de R$ 120 milhões em até sete anos, o que inclui uma ampla reforma até mesmo da estrutura do terminal, que apresenta fissuras e vazamentos - o que demandará tempo.

Mas o usuário não vai precisar esperar tanto tempo assim. Segundo Enrico, uma das primeiras ações que serão feitas (em breve), serão ajustes nos terminais que atendem ao BRT do Gama - que estão saturados e bagunçados. "Queremos que os usuários notem que já está sendo feito algo para melhorar o espaço", afirmou.

Essas medidas paliativas acontecem enquanto não se constroem os novos terminais para BRTs (que ocuparão a área central da rodoviária). Isso porque, em breve, novos ônibus articulados de outras linhas serão conectados à Rodoviária, vindo de outras Regiões Administrativas, e demandarão novos espaços.

Das ações de "pronto-socorro", estão ainda os banheiros também serão reformados. Gradativamente.

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Os tapumes já exibem a logomarca da Catedral, que irá administrar o terminal por 20 anos | Foto: Ivan Felix/Brasilianas

Escadas rolantes e elevadores: paciência

Enrico reconhece que há uma "dívida histórica" da Rodoviária do Plano Piloto para com os usuários, quando se refere às escadas rolantes e aos elevadores - todos parados. "É um marco negativo, talvez o mais evidente, que precisamos reverter logo", completou.

Sobre prazos para as melhorias e os reparos que precisam ser feitos nesses equipamentos, o novo gestor afirma que não quer "criar falsas expectativas". "Não gosto de prometer, não é o estilo da nossa empresa. Prefiro preparar tudo e anunciar a data da entrega", disse Enrico, revelando o perfil de gestão que será adotado da Catedral.

Enrico explica o porquê não estipular prazos. Segundo ele, nessa primeira análise, foi constatado que muitas das peças das escadas e dos elevadores (que são muito antigos) não têm reparo e necessitam ser trocadas. Mas, não há estoque disponível no país. "As peças serão importadas e, por isso, não tenho como precisar uma data. Tem variáveis que não consigo controlar."

"E por que não trocar então por uma nova?", "Brasilianas" questionou. Enrico explicou: para trocar toda a estrutura de um elevador ou de uma escada rolante por uma nova, por exemplo, são necessários cerca de 180 dias (seis meses). "Tempo demais para atender as atuais expectativas dos usuários", explicou.

Segundo ele, no contrato não há exigência para a troca dos equipamentos - até porque, segundo o que está estabelecido nas regras, caberia ao GDF ter entregado os equipamentos em uso, e em boas condições. O que todos sabemos, não aconteceu. "Peço só um pouco mais de paciência... o ganho será positivo", afirma.