62 câmeras já estão instaladas e em funcionalmento no terminal. Em breve, elas estarão conectadas aos bancos de investigação da Polícia, para prender foragidos, por exemplo
Baseado em pesquisas de opinião, feitas antes e logo após a concessão, Enrico Capecci afirma que o item "segurança" aparece como primeira preocupação dos usuários do terminal. O incômodo com os camelôs, com a miríade de vendedores de todo o tipo, completamente desordenados - e somado com a presença de pequenos traficantes de droga e de moradores de rua, que se espalham (ou se espalhavam) pelo terminal, tudo isso somado ao medo de ter a bolsa ou o celular furtado ou roubado, são as maiores preocupações de quem passa pelo espaço.
"Por conta disso, com 12 meses de antecedência e mesmo antes de assumir a gestão compartilhada, decidimos investir num centro operacional e num sistema de videomonitoramento, que contribuirá para ampliar a sensação de segurança de quem utiliza o local", afirma Enrico.
O sistema já conta com 62 câmeras - sendo 32 da própria gestora da Rodoviária e outras 30 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) - com capacidade de fazer reconhecimento facial e comportamental, além de leitura de placas dos veículos. As imagens são exibidas em tempo real na sala de videomonitoramento, em um videowall, dentro de uma sala na rodoviária.
As câmeras ficarão espalhadas em pontos-chave de acesso do terminal. Se alguém estiver fazendo algo suspeito, a gente pode fazer a ativação e o chamamento tanto dos vigilantes quanto da Polícia Militar no local. "Vai possibilitar a ampliação da segurança do usuário aqui na Rodoviária do Plano Piloto", emendou o diretor Enrico Capecci.
As imagens serão ainda compartilhadas com a Secretaria de Segurança Pública do DF - uma contribuição que vai possibilitar, por exemplo, localizar pessoas desaparecidas ou com mandados de prisão em aberto. Tal como já está sendo feito (com êxito) na cidade de São Paulo.
"O que precisa agora é o cruzamento das imagens com os bancos de dados oficiais da Polícia, mas essa é uma tarefa de inteligência da Segurança Pública, não é nossa", enfatizou Enrico, que reiterou: "A Catedral não tem e nem terá ações ou poder de polícia. Seremos tão-somente administradores, gestores do espaço".
No caso dos camelôs ou dos moradores de rua que insistirem em ficar no terminal, Enrico afirma que a ação da Catedral será disciplinar e orientativa. "A PM e o DF Legal é que vão atuar nisso, junto com as demais secretarias do GDF."