PINGA-FOGO

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SEM INTERMEDIÁRIOS - Como a coluna publicou em primeira mão, no on-line, nesta segunda-feira (11), foi confirmado o resultado da licitação que escolheu a instituição financeira que terá a guarda da folha dos servidores ativos e inativos do estado do Rio. A disputa foi vencida pelo Bradesco, que pagará ao governo R$ 1,692 bi. Pela primeira vez, a licitação foi realizada sem consultoria externa, promovendo um ganho a mais ao poder público, já que o Estado conduziu diretamente o processo. O Bradesco pagará em cinco parcelas (novembro de 2023, maio de 2024, dezembro de 2024, maio de 2025 e dezembro de 2025). Em 2017, a folha foi arrematada por R$ 1,3. O dinheiro foi usado para pagar salários atrasados. Um cenário bem diferente com a negociação de 2023.

AUDIÊNCIA - O presidente do Conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, deverá ser recebido em audiência pelo governador do Rio, Cláudio Castro, na segunda quinzena de setembro. O banco já tinha a carteira dos funcionários do estado e sempre deu uma atenção especial à categoria. Já o Itaú, que acompanhou de perto as negociações, só fez uma proposta depois do Bradesco ter herdado o negócio, que era do Banerj, assumindo a rede de agências do Banco do Estado do Rio de Janeiro.

SEM INTERMEDIÁRIO - A Casa Civil do Governo do Estado do Rio foi muito elogiada pela condução das negociações e por não ter intermediários, como ocorreu nas vezes anteriores. A primeira rodada das negociações ficou deserta e o valor inicial foi considerado alto. O edital foi negociado e o martelo foi batido nesta segunda, 11 de setembro, reforçando o caixa da gestão do governador Cláudio Castro em quase R$ 1,7 bilhões.

SOTAQUE CARIOCA - O Bradesco, sob o comando do Luiz Carlos Trabuco, sempre deu uma atenção especial ao Rio, onde funcionava a sede da sua seguradora e chegou a ser o principal patrocinador da eleição do Cristo Redentor, como uma das novas sete maravilhas do mundo.

IMPOSTO SOBRE E-COMMERCE - O deputado Júlio Lopes (PP-RJ) debaterá, nesta terça-feira (12), com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, seu projeto que estabelece regras para tributar o e-commerce, o comércio digital de produtos importados, feito por empresas como, por exemplo, a Shopee. Lopes buscará, em almoço com a Frente, angariar apoios ao seu projeto. Para o deputado, a isenção de imposto de tributação para as compras de até US$ 100 vem trazendo sérios prejuízos à indústria nacional.

BAIXO VALOR - Em valores baixos, tem sido possível importar diversos produtos, como brinquedos e roupas, gerando prejuízos para as empresas brasileiras dos mesmos setores. "A entrada de produtos importados com preços mais baixos do que os praticados pelos produtos nacionais é uma das principais causas da concorrência desleal", argumenta o deputado. Os comerciantes brasileiros são forçados a reduzir seus preços para competir com esses produtos, o que resulta em prejuízos para o setor e, consequentemente, afeta negativamente a economia como um todo, comprometendo a geração de empregos e renda do país", continua.

ARRECADAÇÃO - "Além disso, a isenção do imposto de importação nas entradas de bens de pequeno valor por via postal também representa uma enorme perda de arrecadação tributária para o país", continua. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a fazer um aceno na linha proposta por Júlio Lopes. Mas acabou, depois, desistindo.

BARRACO NO CIDADANIA - Depois do barraco ocorrido na semana passada, o atual suplente de deputado estadual do Rio de Janeiro, Comte Bittencourt, assumiu a presidência do Cidadania no sábado (9) após a destituição do deputado Roberto Freire (SP), que comanda a legenda desde que ele era o antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Foi Freire quem conduziu as mudanças, que primeiro tornaram o PCB em PPS e, finalmente, em Cidadania.

DISCUSSÃO - As posições de Freire na condução do Cidadania vinham sendo fortemente contestadas. Na semana passada, vazou uma reunião do partido na qual os integrantes da direção trocavam ofensas. Parte do Cidadania quer se aproximar do governo Lula, e Freire se opunha a isso.

ESTILOS BEM DIFERENTES - O afastamento de Roberto Freire foi definido por 67 votos a favor e 29 contrários no diretório nacional. Plínio Comte Bittencourt assume a presidência, e o ex-senador, ex-governador do Distrito Federal e ex-ministro da Educação, Cristovam Buarque, será um dos vice-presidentes. Fala-se que Freire cogita deixar o partido. Comte é um super quadro, foi secretário de Educação do Estado e tem sempre o seu nome ligado à possibilidade de concorrer à Prefeitura de Niterói. É um nome que se consolida nacionalmente com o comando do Cidadania. Ao contrário do presidente que sai, ele sabe ouvir e toma posições sempre de forma democrática, formando consenso.

CAMPO DE GUERRA - Municípios do interior do Rio criaram um campo de batalha para disputar o percentual de distribuição da arrecadação do ICMS. Na véspera do feriado de 7 de setembro, o ministro Cristiano Zanin concedeu uma liminar derrubando uma decisão do Tribunal de Justiça que definiu nova base de cálculo para o repasse da arrecadação do imposto aos municípios. Passado o recesso, com pastinha debaixo do braço, além do responsável pelo recurso, o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, também foram até a Secretaria de Fazenda do Estado o deputado estadual Luiz Cláudio Ribeiro e o secretário de Fazenda de Mangaratiba, Márcio Ferreira, para fazer cumprir a liminar. A equipe do Estado recebeu os interessados para uma reunião, mas ainda "aguarda o recebimento da Orientação de Cumprimento de Decisão Judicial para dar prosseguimento à sentença do STF".

CHOQUE DE ORDEM - A Prefeitura do Rio e o Governo do Estado preparam um choque de ordem na Pedra do Sal. Ordem pública para dar tranquilidade aos frequentadores.