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Advogada defende prática do Lobby no país

Em alguns países que utilizam o sistema jurídico Commom Law, LLB é a abreviação utilizada para o grau de Bachelor of Laws (Bacharel em Direito). Durante essa entrevista descobrimos que LLB carrega outros significados além do título acadêmico. É também o nome abreviado de Luíza Lucas Bruxellas, mestre em direito regulatório, defensora ferrenha da democracia, dos direitos das mulheres e dos animais. Luíza lança nesta quinta-feira na Livraria Argumento, no Leblon, seu primeiro livro, "O Marco regulatório do Lobby no Brasil", fruto dos dois anos de pesquisa na Fundação Getúlio Vargas, onde concluiu no ano passado o mestrado.

Como surgiu o seu interesse pelo lobby e o que te motivou a escrever sobre tema tão árido?

 O interesse pelo Lobby começou há mais de uma década, quando tive a oportunidade de passar um período estudando em um colégio tradicional no Midwest americano.

A organização do currículo lá permite a escolha de disciplinas considerando interesses e aptidões pessoais. Eu optei por me inscrever em 'AP  Government', uma matéria que ensinava o beabá do funcionamento dos diversos níveis e instituições do governo norte-americano. Fiquei encantada com o conceito de lobby e com a importância dessa atividade para o pleno exercício democrático.

Por que o lobby no Brasil ainda é visto de uma forma pejorativa?

 O vácuo normativo em relação à profissão desencadeia um mal-entendido sobre o que é lobby e qual a sua função.

 

No seu entender, a regulamentação do lobby pode trazer contribuições para o combate à corrupção?

 Com certeza. Inclusive, é um dos nossos compromissos de transparência e integridade com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A regulamentação do lobby no Brasil teria o poder de conferir maior grau de isonomia às decisões políticas e transparência no mecanismo de petição, o que legitimaria e fomentaria o exercício da democracia.

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