Defensoria questiona uso do reconhecimento facial para prender bandidos

Por Por Cláudio Magnavita*

Defensoria Pública do Rio de Janeiro

Há muito tempo que a Defensoria Pública do Rio de Janeiro emite sinais de crise de identidade. O sonho de alguns defensores é ocupar o mesmo papel do Ministério Público. Quem teve acesso ao ofício conjunto nº 04/2024, da Coordenação de Defesa Criminal e da Coordenação de Infância e Juventude para a área de segurança, tomou um susto. Assinado também pela Subdefensora Pública-Geral Institucional, Cíntia Regina Guedes, e pelos coordenadores Lúcia Helena Silva Barros de Oliveira, Isabel Schprejer e Rodrigo Azambuja. Eles querem informações sobre o sistema de reconhecimento facial a ser usado no carnaval de 2024.

O reconhecimento foi a grande estrela na mídia no réveillon, prendeu bandidos condenados que circulavam livremente na cidade. Agora, a Defensoria quer criminalizar e até inibir o seu uso. As perguntas são esdrúxulas. Querem saber quais pessoas e autoridades terão acesso às imagens capturadas; Quais são os algoritmos utilizados pelo sistema; em que locais e quantas câmeras serão utilizados... Se forem respondidas e vazadas estas informações, servirão de mapa para a bandidagem!

É inacreditável que as forças de segurança do estado, além de enfrentar a criminalidade, tenham internamente de enfrentar a crise de identidade de uma defensoria transvestida em Ministério Público, para inibir um processo vitorioso que defende o cidadão de bem e separa o joio do trigo.

*Diretor de Redação do Correio da Manhã