ESFERA DO PODER - O casamentão, que agitou a corte brasileira e as cabeças coroadas do poder, de Camila Camargo, CEO do Grupo Esfera, e do presidente do TCU, o baiano de Vitória da Conquista, Bruno Dantas, no último sábado (3), gerou um grande questionamento sobre o futuro do movimento lobista, promovido pela empresa da noiva. O Esfera tem como finalidade integrar a iniciativa privada com o Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o que vem sendo feito com muita competência.
Camila é agora, oficialmente, a primeira-dama do Tribunal de Contas da União, o que gera um conflito entre os negócios que ela promove e o cargo do marido. O primeiro sinal de alerta foi dado com a preocupação dos convidados da iniciativa privada — estavam presentes na cerimônia os maiores empresários do país — e boa parte deles acionou o seu departamento de Compliance, para saber qual o tipo e valor de presente que poderia ser dado aos noivos, sem ferir as regras.
Na semana do casamento, em Brasília, o agora sogro de Bruno Dantas, João Camargo, promoveu, através do Esfera, um almoço em homenagem ao PGR, Paulo Gonet, com a presença de políticos e empresários. O próprio Camargo já confidenciou a amigos que ter o ministro do TCU na família pode trazer limitações aos seus negócios.
O casamento de Camila e Bruno foi acelerado por uma gravidez não programada. Os dois ficaram mais próximos a partir de outubro passado, quando o Esfera fez, em Paris, um evento internacional, que teve o presidente do TCU como estrela.
Estavam presentes na cerimônia religiosa nove ministros do TCU, sete ministros do STF, 12 ministros do governo Lula, dois governadores, Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Joesley e Wesley Batista (grupo J&F), André Esteves (BTG Pactual), Jorge Moll (Rede D´Or), entre outros empresários e nomes da política nacional.
Em tempo, o ministro Bruno Dantas fica na presidência do TCU até novembro, quando será substituido pelo ministro Vital do Rêgo
CORDIALIDADE - Na véspera de filiação de Thiago Pampolha no MDB, realizada no domingo (4), os governadores e amigos Cláudio Castro (RJ) e Helder Barbalho (PA) conversaram muito à sós no casamento de Camila e Bruno Dantas, em São Paulo. Não é necessário dizer qual foi o assunto.
MAIORIA - Com a chegada de Thiago Pampolha no MDB, o partido passa a ter, pelo menos, até esta segunda-feira (5), o maior número de secretarias ligadas a uma legenda. O MDB comanda Esportes, Transportes e Meio Ambiente, essa última na mira de vários grupos políticos.
CASA NOVA - A chegada de Thiago Pampolha ao MDB, no domingo (4), contou com a presença do secretário Washington Reis, acompanhado de Netinho Reis; de Otoni de Paula Pai e Filho; ex-governador Moreira Franco; e de Rafael e Leonardo Picciani. Na foto ao lado, com Baleia Rossi, presidente do partido, e o governador do Pará, Helder Barbalho. Todos os discursos jurando fidelidade ao governador Cláudio Castro. Depois da solenidade, todos foram almoçar em um restaurante italiano em São Paulo, convidados por Pampolha.
DAMARES QUER EXPLICAÇÕES - A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) fez um requerimento pedindo informações ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre o rolo da tentativa de indicação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para a presidência da mineradora Vale. Há alguns dias, circulou a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria querendo emplacar Mantega no cargo. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), chegou a fazer postagem em suas redes sociais defendendo. Depois, diante da polêmica e da reação, Silveira deu entrevista negando que Lula estivesse pressionando para que fosse feita a indicação.
INGERÊNCIA - Em sua justificativa, a parlamentar destaca que, para serem tomadas as providências constitucionais cabíveis no Senado, é preciso primeiro confirmar as denúncias de ingerência. "A Vale possui um valor inestimável para o país e não podemos deixar ocorrer interferências em sua administração. A desvalorização dos papéis da companhia se intensificou com os rumores no nome de Mantega. Quero saber do ministro se de fato atuou nesse sentido", afirma Damares.
SÓ 8% - Apesar de deter apenas 8% de participação na companhia, via Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), o governo poderia chantagear a mineradora dificultando os processos de concessão de licenças ambientais e minerárias, via Agência Nacional de Mineração (ANM), bem como nos processos de concessão de ferrovias, por meio do Ministério dos Transportes. A mineradora Vale já perdeu, apenas este ano, R$ 39,3 bilhões de valor de mercado. Desde que voltou a ganhar força, no meio de janeiro deste ano, a ofensiva do governo para emplacar o nome de Mantega ao menos entre os integrantes do conselho de administração da Vale, a perda de valor da mineradora se intensificou, diz Damares.
ASSISTÊNCIA EM JAPERI - O município de Japeri, na Baixada Fluminense (RJ), recebeu no último sábado (3), a visita da deputada federal licenciada e secretária de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Rosangela Gomes. A prefeita Fernanda Ontiveros recebeu a comitiva estadual que percorreu o bairro Marajoara, um dos locais mais atingidos pelas fortes chuvas, e ainda visitou o ponto de acolhimento estruturado na Escola Municipal Etiene de Souza Oliveira. A visita teve o objetivo de conhecer a realidade das famílias afetadas pelo forte temporal, e reafirmar o compromisso do Governo do Estado com políticas públicas de assistência social.
INSTITUTO BEIJA-FLOR - O deputado federal Dr. Luizinho (Progressistas-RJ), durante ensaio na quadra da sua escola de samba do coração, a Beija-Flor de Nilópolis, na última quinta-feira (01), destinou emenda parlamentar no valor de R$ 1 milhão para o Instituto Beija-Flor, importante braço social da agremiação nilopolitana. A instituição assiste há cerca de 35 anos, mais de 1.500 famílias através de projetos esportivos, culturais e de cursos profissionalizantes para a comunidade, não apenas de Nilópolis, mas de toda a Baixada Fluminense.
TURISTAS E FALTA DE ENERGIA - Mesmo com o anúncio da colocação de geradores na Vila do Abraão, em Angra dos Reis, a partir desta segunda-feira, dia 5, a Enel gera insatisfação. O prefeito Fernando Jordão, diz que pedirá à Agência Nacional de Energia Elétrica a não renovação do contrato com a concessionária de energia, e tem urgência na resolução do problema: deve ser antes do Carnaval, quando o município fica lotado de turistas. "Seguindo a orientação de diversos governadores, vamos pedir à Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal que a Agência Nacional de Energia Elétrica não renove a concessão da Enel", afirmou Jordão.
RESTAURANTE DO POVO - O cheque de R$ 18 milhões que o governador Cláudio Castro entregou ao prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, em outubro do ano passado, já mostra resultados reais no uso do dinheiro. Drable anunciou que a inauguração do Restaurante do Povo, para o qual o governador destinou a verba, será inaugurado ainda este mês. "Os R$ 18 milhões serão suficientes ainda para oferecermos, durante um ano, café da manhã e almoço", disse Drable. A unidade, que estava fechada desde 2015, volta a funcionar oferecendo diariamente duas mil refeições: 500 cafés da manhã, 1.000 almoços e 500 jantares.
SAÚDE EM TRÊS RIOS - Nas últimas edições do Correio, você acompanhou as denúncias sobre os gastos exorbitantes da Prefeitura de Três Rios (RJ) com shows do Carnaval. Uma das críticas feitas pela população ao governo municipal é em relação à falta de prioridade, já que hoje o município deve R$ 10 milhões ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, que mantém convênio com o SUS e é importantíssimo para o atendimento hospitalar na cidade.
POLITICAGEM - E tem outro problema: o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Farah, denunciou que o município tem atrapalhado a chegada de uma verba de R$ 3,6 milhões do Ministério da Saúde. Farah conseguiu o valor em 2022, quando era deputado federal e seria destinado para a reforma de um importante posto de Três Rios. Porém, a gestão do prefeito Joa Barbaglio tem atrasado a entrega da documentação.