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PINGA-FOGO

CORDIALIDADE - O governador do Rio, Cláudio Castro, chegou à Alerj na quinta, 20, para participar das solenidades comemorativas dos 123 anos do Correio da Manhã, depois de participar da posse dos novos juízes eleitorais na sede do Tribunal Regional Eleitoral. O chefe do Executivo foi recebido com cordialidade pelos membros da Corte e pelo presidente do TRE-RJ , desembargador Henrique Figueira.

VIAGEM NO TEMPO - Na montagem da exposição de 1as páginas históricas do Correio da Manhã, no prédio da Alerj, o visitante entrava em um túnel do tempo com manchetes históricas como o início da 1a Guerra Mundial; a Revolução de 30; a 2ª Guerra Mundial; a morte de Getúlio Vargas; o Golpe de 64; o homem na Lua; a coroação e morte da Rainha Elizabeth, 70 anos depois (os dois painéis estão juntos); o impeachment do governador do Rio, Wilson Witzel; a tragédia de Petrópolis; e a tragédia do Rio Grande do Sul com o show da Madonna no mesmo dia. A 1a página trouxe uma dupla chamada: Um Rio chora e um Rio festeja.

HERÓIS MORTOS EM SERVIÇO - Uma das 1as páginas que mais atraem a atenção dos visitantes é a resposta que o Correio da Manhã deu ao ataque de Lula contra a Polícia do Rio. A manchete foi "Lula esta é a verdadeira Polícia Militar do Rio". O jornal publicou as fotos e os dados de todos os policiais mortos em serviço nos anos de 2022 e 2023. Um oficial militar presente à exposição identificou que ele enterrou oito daqueles policiais homenageados. "Esses oito morreram em cima dos meus", foi emocionante o relato.

A BASE DO IMPEACHMENT - No painel da primeira página sobre o documento que reabilitou a Unir Saúde, uma OS ligada a Mário Peixoto, chama atenção. O fac-símile revelado de forma inédita pelo jornal comprova que ele foi assinado pelo então governador Witzel de próprio punho. Publicada em agosto, com o ex-juiz ainda no poder, o documento serviu de base para o relatório final da CPI da Saúde da Alerj, presidida pela deputada Martha Rocha e que teve como relator o ex-deputado estadual Renan Ferreirinha. Foi o próprio ex-deputado que explicou na exposição do Correio da Manhã, ao procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, a importância que o jornal teve na cobertura da CPI e de suas reportagens investigativas. Na coluna e na primeira página desta edição, o momento que Ferreirinha fala deste momento histórico com Mattos ao lado de Magnavita.

OS TRÊS PODERES - Na mesa principal do Palácio Tiradentes, o presidente do Poder Executivo, governador Cláudio Castro; e o do Legislativo, deputado Rodrigo Bacellar, o anfitrião da solenidade e proponente da homenagem. O presidente do Poder Judiciário, desembargador Ricardo Cardozo, justificou a sua ausência e enviou a seguinte mensagem ao jornal:

"Prezado Jornalista Cláudio Magnavita, em nome do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, é com grande satisfação que parabenizo o jornal Correio da Manhã pelos seus 123 anos de história. Nesta data tão significativa, celebramos não apenas sua longevidade, mas a contribuição inestimável para a sociedade e a democracia brasileira.

Fundado em 1891, o Correio da Manhã atravessou décadas como um baluarte da liberdade de imprensa. Em tempos de grandes transformações e desafios, seu compromisso com a verdade e independência editorial permanece um exemplo de dedicação ao jornalismo sério e responsável.

A liberdade de imprensa é um pilar essencial da democracia, garantindo que a voz de cada um seja ouvida e respeitada. É por meio do jornalismo livre que conseguimos acompanhar o desempenho dos órgãos públicos, combater desvios e assegurar que os direitos de cada cidadão sejam protegidos.

O papel do Correio da Manhã na fiscalização dos poderes e na defesa dos direitos humanos é inegável. Ao longo de sua trajetória, o jornal tem sido um vigilante constante da ética pública e um defensor incansável das liberdades individuais. A história nos mostra que uma imprensa forte e independente é fundamental para a manutenção de uma sociedade justa e democrática.

Em reconhecimento a este legado, é com imensa satisfação que nos unimos à comemoração dos 123 anos do Correio da Manhã. Esta celebração é não apenas uma homenagem ao passado glorioso, mas também um voto de confiança no futuro promissor do jornalismo que este veículo proporciona.

Que a história do Correio da Manhã continue a ser escrita com a mesma coragem e compromisso com a verdade que tem caracterizado sua existência até aqui. Cordialmente, Desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro".