Coluna Magnavita | TRIM, TRIM, TRIM... PARTE II

O zum-zum-zum em torno dos frequentes contatos extrao-oficiais de um advogado e
árbitro com os patronos de casos sob seu julgamento está dando o que falar no meio jurídico carioca. Tanto o julgador quanto a maioria dos escritórios de advocacia com os quais ele não deveria manter contato - mas mantinha - são sediados no Rio. O problema vai além de diversas ligações telefônicas para advogados que atuavam contra a Petrobras em um processo arbitral presidido por ele, já reveladas pela coluna. Pelas regras, os árbitros só devem se comunicar com as partes e seus advogados dentro dos canais o ciais e com ciência da contraparte e dos demais julgadores.

CAIU A FICHA - Quem teve acesso às informações obtidas por uma fonte da coluna notou conflito de interesses também em outra arbitragem julgada pelo advogado carioca. Isso porque ele também mantinha contato frequente com diferentes advogados da Paper Excellence, empresa de origem chinesa que disputa a Eldorado Celulose, em um processo no qual ele também foi árbitro.

DESCUIDO - Para um advogado experiente no meio criminal, as ligações telefônicas comuns do árbitro para os advogados devem representar momentos de descuido pontual, enquanto o grosso das comunicações ocorria mesmo por meio de aplicativos, nos quais as ligações não deixam registros nas operadoras de telefonia.