Coluna Magnavita | Paper Excellence contrata o terceiro ex-ministro da Justiça do PT. Luiz Barreto troca CSN pelos chineses

Por Cláudio Magnavita

Paper Excellence

A empresa sino-indonésia Paper Excellence, no Brasil, tem feito um investimento bilionário no litígio que possui com o grupo J&S pela disputa da Eldorado Celulose. Ela acaba de contratar o terceiro ex-ministro da Justiça de governos do PT para defender os seus interesses. Os ex-ministros Tarso Genro e Luís Eduardo Cardozo já atuam como o advogados da Paper.

Agora, o mercado foi surpreendido com a contratação de Luiz Paulo Barreto como diretor de Relações Institucionais e de Comunicação do Grupo Paper Excellence no Brasil.

Barreto foi secretário-executivo de Tarso Genro no Ministério da Justiça e, depois, titular da pasta em fevereiro de 2010, quando Genro se desincompatibilizou para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul.

Barreto ficou 11 anos como diretor da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e era de total confiança de Benjamin Steinbruch. Ele comunicou seu desligamento no início de outubro e oficializou o seu retorno à Brasília, para atender os interesses do polêmico grupo sino-indonésio, envolvido em agendas polêmicas também no Canadá.

Além dos três ex-ministros da Justiça do PT, a Paper tem na sua carteira como contratado o ex-presidente da República, Michel Temer, depois de uma visita a Jackson Wijaya, em Los Angeles, em 2023.

A negociação para contratar o novo diretor de relações institucionais e comunicação foi conduzida por Cláudio Cotrim, diretor da Paper no Brasil, e, até então, o único rosto visível dos chineses da celulose no Brasil. Ela teve o auxilio de Tarso Genro.

A Paper tem atuado como patrocinadora de eventos empresariais e jurídicos. Teve a sua marca incluída em um evento do próprio Superior Tribunal de Justiça (STF), que reuniu blogueiros e in uenciadores digitais, apesar de vários processos do seu interesse tramitando na Corte.

No governo Bolsonaro a Paper Excellence apostou nas suas relações com o deputado Eduardo Bolsonaro, que foi recebido e fotografado ao lado do polêmico Jackson Wijaya.