CALDEIRA ASSUME - Ao contrário do que muita gente pensa, ou até setores da mídia induzem, quem estará sentado na cadeira de Prefeito da cidade do Rio por uma semana, a partir desta terça (5), é o atual vice-prefeito Nilton Caldeira e não o vice eleito Eduardo Cavaliere, que só sentará na cadeira de alcaide interino a partir de janeiro de 2025. Ele assinou o livro de posse já que o prefeito Eduardo Paes se ausentou do serviço por cinco dias para cumprir agenda ligada à COP 30, de 2025.
Será uma semana tranquila e o vice continuará despachando no seu gabinete na sede da Prefeitura e só usará o Palácio da Cidade para alguma agenda institucional.
VIAGEM OPORTUNA - A viagem de Eduardo Paes ao exterior está sendo bem providencial. Nesta reta final de organização do G20, a intervenção da primeira-dama Janja da Silva. Ela está cuidando de todos os detalhes e até de quem sentará ao lado de quem nos jantares oficiais, o que está deixando a turma do Itamaraty de cabelo em pé. Já a turma da Prefeitura jogou a toalha. Por ordem de Paes, não está contrapondo a nenhum capricho da primeira-dama presidencial. A ordem é fazer o que ela quer.
BEM LONGE - A troca do Riocentro pelo MAM foi uma decisão da própria Janja e acabou gerando um efeito colateral na hotelaria e delegações estrangeiras. Com esse conhecimento da realização das reuniões na Barra, o bloqueio dos hotéis da Barra e no entorno do Riocentro foi feito. Muitos estrangeiros deixaram de ficar na Zona Sul por questão estratégica. Agora, terão de se deslocar até o MAM em uma verdadeira maratona de 40 quilômetros.
RIO DOS ARAPONGAS - Os serviços de segurança dos hotéis cinco estrelas estão funcionando a todo vapor devido a concentração de tantos chefes de Estados. Para os maiores países, estão sendo montados verdadeiros QGs de segurança, que envolvem telecomunicações, revisão do histórico do pessoal de serviço hoteleiro e até intervenção na cozinha nas quais serão preparadas as refeições.
PERIGO MORA AO LADO - Na Rio 92, que reuniu 8 vezes mais chefes de Estado, o mundo era analógico mas os esquemas de segurança nos hotéis eram parecidos. Só para lembrar a delegação cubana, com Fidel Castro, foi a mais rigorosa. Tinha até um provador oficial da comida, com receio de envenenamento.
MPRJ NA COLA DE CABO FRIO - A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio encaminhou, na última sexta (01), uma Recomendação ao Município de Cabo Frio para que reveja o acordo firmado com duas empresas imobiliárias para o pagamento de R$ 22 milhões relacionados a uma ação judicial. Segundo a Recomendação, não consta justificativa quanto ao valor apresentado sem uma análise técnica dos valores arbitrados.
O documento ressalta que o MPRJ obteve cópias do processo, no qual se noticia a celebração de acordo entre o município e as empresas Dimensão Empreendimentos Imobiliários e Viga Imóveis, além das recentes publicações de Termos de Ajuste de Contas feitas na imprensa oficial.
A ação das duas empresas contra o município reivindica perdas e danos devido a uma área localizada no Bosque Cabo Frio, utilizada pelo município como local para estacionamento de ônibus de turismo. A Recomendação assinala, porém, que, após sucessivas manifestações em que o município aponta para a prescrição da pretensão das autoras, firmou-se um acordo com as partes, no valor de R$ 22 milhões, a ser pago nos últimos dois meses de 2024. "Nesse sentido, chama atenção o voluntarismo do município em, sem demonstração de vantajosidade, pretender quitar vultosa quantia em menos de dois meses, quando existem inúmeras dívidas do poder público, a exemplo das seguidas comunicações feitas pelo Departamento de Precatórios Judiciais, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, além de dívidas com concessionárias de serviços públicos essenciais (dentre as quais PROLAGOS e ENEL)", descreve um dos trechos.
O documento encaminhado ao município pede a retratação do acordo até que seja elaborada justificativa e análise técnica relativa aos valores arbitrados, com pronunciamento jurídico quanto à natureza da verba paga e efetiva delimitação da área utilizada pelo município, com prazo de 10 dias para a resposta.