Por: Cláudio Magnavita

Coluna Magnavita | O racismo da Sunset em pleno Maracanã

Estádio do Maracanã | Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Um dos mais conceituados jornalistas de cultura do Rio e sua esposa foram ao Maracanã, no dia 22 de novembro, assistir o jogo entre o Fluminense e o Fortaleza. Ao passar pela revista na entrada do estádio, o casal foi surpreendido por uma atenção especial da esposa do jornalista, uma afrodescendente com uma linda cabeleira que valoriza a sua etnia. A funcionária da empresa de segurança Sunset, Érika Nascimento dos Santos, além da verificação externa, queria fazer uma revista no penteado da jovem esposa, em uma violência e visível sinal de discriminação.

Como houve reclamação, o gerente da Sunset levou a sua funcionária até a delegacia do Maracanã e lavrou um ato de fato atípico número 018-11187/2024, no qual o preposto informa: "que segue as normas do procedimento padrão de revista da Empresa, mas que a torcedora continuou dizendo que a comunicante não mexeria em seu cabelo. Diante da situação, o superior da comunicante direcionou todos para esta delegacia destacada para apresentação da ocorrência à Autoridade Policial em serviço."

Por pouco a vítima era transformada em algoz e seria processada pela Sunset por não permitir a revista íntima na sua cabeleira. Um triste conluio entre a Sunset e as autoridades policiais lotadas no Maracanã.