A reunião do Conselho Estadual de Turismo, no Roxy, terá a presença do presidente da Liesa, Gabriel David, que ouvirá duras críticas ao critério que a Liga das Escolas de Samba adotou para o credenciamento da imprensa. A situação, que estava ruim em 2024, piorou em 2025. O carnaval virou um evento do grupo Globo. Os fotógrafos e cinegrafistas internacionais não terão mais acesso à pista e ficarão em um "poleiro" onde terão acesso rotativo. Vale lembrar que o carnaval é um evento que recebe verbas públicas, só o estado do Rio colocará R$ 40 milhões, sem contar com os gastos com segurança e saúde. A prefeitura também realiza pesados investimentos. Só que os dois entes públicos não opinam no credenciamento da imprensa. O erro é não pensar no desfile das escolas de samba como um meio para divulgar internacionalmente o Rio. Muito mais do que o faturamento no sambódromo, o evento deve gerar milhões de dólares em mídia gratuita no exterior. O grande erro é a Liesa centralizar a soberania do credenciamento sem ouvir ninguém.
RIOTUR PROMETEU INTERVIR - Na primeira reunião dos gerentes gerais dos hotéis cinco estrelas, realizada no hotel Fairmont no início do mês, o presidente da Riotur, Bernardo Fellows, ouviu duras críticas contra os critérios que a Liesa adotou para a cobertura da imprensa no desfile de 2025. Ele prometeu intervir. Foi lembrado que o evento recebe recursos públicos e por isso deve satisfação ao estado e a prefeitura. Até agora nada aconteceu.
OS CRITÉRIOS DA LIESA PARA A MÍDIA - Os veículos de comunicação não receberão mais o número específico de crachás para o credenciamento no site Liesa. Terão de enviar a lista e será a Liga que decide quem recebe credencial, além disso não terá mais Trânsito Livre e Armação (TLA) e o acesso a dispersão só para a Globo. Para atravessar a avenida será um suplício. Foi decretado o fim dos coletes para captura de imagem nas pistas.