PINGA-FOGO

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LOTERJ ESTAVA VIRANDO A "CURAÇAO CARIOCA", O PARAÍSO DAS BETS - A decisão do ministro do STF, André Mendonça, de suspender a atuação nacional das Bets licenciadas pela Loterj no Rio criou um pandemônio no mundo do jogo. A decisão judicial é resultado de uma briga de Davi e Golias, com o grupo que controla a loteria carioca declarando guerra em Brasília contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A decisão de Mendonça coloca fim no que estava sendo chamado de 'Curaçao Carioca', uma alusão ao paraíso fiscal caribenho que virou sede jurídica das bets internacionais, aquelas que atuavam driblando as leis dos países.

Para ter a licença nacional, o valor da outorga é de R$ 30 milhões e no Rio sai por módicos R$ 5 milhões. Valores considerados irrisórios pela movimentação financeira proporcionada pela jogatina.

O problema da decisão do ministro do STF é o curto circuito nos escritórios de advocacia com grande influência sobre aqueles que tocavam a 'Curaçao Carioca'. Bons e gordos contratos simplesmente evaporaram com a decisão.

UM NEGÓCIO DE R$ 8 BILHÕES REPLETO DE TRAIÇÕES - A novela do Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS tem capítulos que envolvem traições, acordos rompidos e muita quebra de palavra. A família Magalhães Pinto, no caso dos créditos do Banco Nacional, abandonou os advogados que investiram na causa e recrutou apoio de parlamentares, tudo a peso de ouro.

Casados agora com o BTG Pactual, os Magalhães Pinto terão uma fatia dos R$ 8 bilhões que deverão ser liquidados pelo Tesouro Nacional em uma só paulada.

Na lista de viúvos e traídos, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o advogado Marcos Joaquim e até Hugo Leal, que deu o primeiro ponta pé.

Um advogado deixado pelo caminho lembra que a operação que envolveu o Pactual e resultou na prisão de André Esteves tinha como foco a compra da massa falida do Bamerindus, que tinha como grande ativo os FCVs. Por uma questão de compliance do banco, todas as negociações do Nacional envolvia outros diretores. Esteves nunca sentou na mesa para falar deste assunto.

A temperatura do Tribunal de Contas da União está à beira da fervura.

TCE-RJ ATRAI TODAS AS ATENÇÕES DA CLASSE POLÍTICA - A posse do conselheiro Márcio Pacheco como presidente do Tribunal de Contas do Estado - TCE nesta quarta, 8, às 10h30, está mobilizando a classe política. Nunca uma solenidade do TCE despertou tanta atenção no executivo e no legislativo. Pacheco vai dar uma demonstração de força e prestígio político à Casa que precisa há muito tempo deste afago, pelos problemas que passou com parte dos seus conselheiros.

UMA IDEIA QUE PEGA: 'DESEMBARGADORES' DO TRIBUNAL DE CONTAS - No Distrito Federal, na Câmara Legislativa Distrital, tramita um projeto lei que muda a denominação dos titulares da corte de contas. Eles deixarão de ser chamados de Conselheiros e receberão o título de desembargador. A ideia conta com simpatia em vários estados.  

AMIGOS ACIMA DE TUDO, MUITO ALÉM DA POLÍTICA - Nada como o tempo para cicatrizar feridas. No último sábado, um almoço na Região Serrana reuniu o coronel dos Bombeiros, Leandro Monteiro, e o vice Thiago Pampolha com velhos amigos do Guanabara.  Ser quarentinhas tem suas vantagens: o poder de cicatrização é quase imediato.

CHOQUE DE ORDEM - A Prefeitura de Nova Iguaçu iniciou nesta segunda-feira a Operação "Cidade Limpa", visando o ordenamento urbano e a retirada de carcaças espalhadas pela cidade. A estimativa é que existam mais de 500 no município da Baixada. O novo prefeito, Dudu Reina (PP), esteve presente na ação de ordem pública, que foi iniciada no Centro e nos bairros Jardim Esplanada e Silvânia. A iniciativa, logo no início da gestão, também colabora para a retirada de materiais que podem servir como focos do mosquito Aedes Aegypti.