Coluna Magnavita | Punir estados de oposição com vetos ao Propag é criar a República Bolivariana do Nordeste

Por Cláudio Magnavita

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O ministro Rui Costa já foi um governador de oposição ao governo federal durante a gestão de Bolsonaro. É exatamente por isso a perplexidade dos governadores à tese que foi defendida no núcleo duro do Governo Lula propondo vetos presidenciais a artigos Propag, que na prefixa deixam o programa inócuo.

No Rio, Goiás e Minas não vai sobrar dinheiro para investimento e apenas abate o déficit orçamentário dos endividados, cenário que será diferente em São Paulo, berço do petismo e do próprio ministro Fernando Haddad. Ter o governador Tarcísio de Freitas com o cofre cheio para gastar pode ser mortal para a reconquista do palácio do Bandeirantes e até para manter o Planalto.

Em conversa com o governador Cláudio Castro, na noite do dia 13, o ministro Rui Costa demonstrou desconhecer que seria necessário os estados pagarem 20% da dívida para ingressar no Propag. O veto sugerido pela AGU- Advocacia Geral da União, sob a alegação de inconstitucionalidade para o uso dos fundos, é uma falácia. Na lei, eles só poderão ser usados para as áreas da sua atividade fim.

Punir os maiores estados do país por motivos políticos eleitorais e restringir o Brasil do PT ao Nordeste, é punir a população do Rio, Minas e Goiás. É criar a república bolivariana do Nordeste, em detrimento da isonomia.