Por: Cláudio Magnavita

Coluna Magnavita | O criminoso descaso do ICMBio

Vista do Cristo Redentor no Rio de Janeiro | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um turista gaúcho de 54 anos morreu neste domingo, 16, enquanto subia a pé as escadarias do Cristo Redentor. A ausência de socorristas, ambulância, desfibrilador, ou grupo de emergência, provocou um acirramento de ânimos entre a Arquidiocese do Rio e o ICMBio, divulgado em nota oficial à coluna.

Nesta segunda, 17, a secretária municipal de Turismo, Daniela Maia, se reúne com o Padre Omar e vai cobrar uma posição do órgão federal que administra o parque. Vale lembrar que a maior parte do ingresso pago para a visitação do local vai para o cofre da União. É um lugar de alta densidade de público e é um absurdo que o ICMBio não forneça o suporte necessário para situações de emergência.

O Projeto de Lei 2994/2023, do deputado federal Luciano Alves, do PSD-PR, obriga a colocação de desfibrilador em locais de grande concentração de público. Ele ainda está em tramitação. O Distrito Federal já possui legislação em vigor com o mesmo objetivo e em Goiás a proposta do legislativo estadual foi vetada.

Depois deste cenário de descaso federal que resultou no retardo de assistência ao turista gaúcho, no Corcovado, após um esforço físico incomum, o Legislativo fluminense deveria aprovar, em regime de urgência, uma lei que obrigue aos pontos turísticos de grande concentração de público a adotar uma estrutura mínima para socorro.