No encerramento do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, na sexta-feira (11), no Fairmont Rio, o painel "Caminhos para um Novo Modelo de Mercado" reuniu representantes do governo, agências reguladoras e operadores do setor para discutir desafios e propostas que vão moldar o futuro do mercado elétrico brasileiro. Entre os temas, destacaram-se a abertura de mercado, a Conta de Desenvolvimento Energético, os cortes de geração - curtailment -, o papel das hidrelétricas como armazenamento e os próximos passos regulatórios.
O Secretário Nacional de Energia Elétrica, Gentil Nogueira de Sá Júnior, ressaltou que o Ministério de Minas e Energia está trabalhando, em articulação com a Fazenda, Casa Civil e o Ministério do Desenvolvimento, em um conjunto de propostas legislativas voltadas à reforma do setor. Segundo ele, o objetivo é dar eficiência à dinâmica regulatória e tarifária, e não apenas propor mudanças por conveniência.
O diretor da ANEEL, Fernando Mosna, reforçou a importância do debate legislativo como espaço legítimo para amadurecer as propostas. Para ele, os marcos legais do setor, estabelecidos entre 2003 e 2004, estão defasados frente à complexidade atual do sistema.
O evento também foi palco da reunião extraordinária da Comissão de Minas e Energia. Com a presença de 15 deputados federais de diferentes estados e partidos, a mesa promoveu um debate sobre os rumos do setor.
Comandada pelo presidente do colegiado, deputado Diego Andrade (PSD/MG), a conversa girou em torno de gargalos estruturais, entraves regulatórios e caminhos para garantir eficiência, sustentabilidade e segurança energética para o país.
A mesa foi composta por: Diego Andrade (PSD/MG) Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), Carlos Zarattini (PT/SP), Danilo Forte (União/CE), Gabriel Mota (Republicanos/RR), Hugo Leal (PSD/RJ), João Carlos Bacelar (PL/BA), Julio Lopes (PP/RJ).


