Por: Marcelo Alves*

Nossa metrópole dos eventos

Encontro faz parte das agendas do G20 | Foto: Embratur/Divulgação

Sem dúvida, a maior metrópole do Brasil é São Paulo. Sua economia ativa, indústrias, empresas e tudo que faz desse estado o maior gerador do nosso PIB. Porém, venho aqui reforçar , reverenciar e confirmar que a maior metrópole dos eventos no Brasil é o Rio de Janeiro.

Com o brilhante encerramento do The Town, na capital paulista, levando nosso DNA, o Rock in Rio para dar um show na "terra da garoa", o Rio, definitivamente, consolida sua posição "number one" em competência, estrutura, logística e histórico em megas realizações.

Não estou aqui para fazer comparações, e sim tocar fundo na qualidade e propósito de cada metrópole. Indiscutivelmente, é tolice essa rixa boba e desrespeitosa, pois são cidades irmãs, vizinhas, que se completam e uma depende da outra.

Roberto Medina, em resposta ao meu artigo da semana passada, como sempre cirúrgico e carinhoso, retratou mais um eficiente comentário: essas duas cidades potentes precisam, definitivamente, dar mãos apertadas e, unidas, transformar o Brasil e, principalmente, esse nosso mega negócio, que é o turismo e o entretenimento.

São Paulo tem dinheiro, grandes empresas, grandes verbas, fantásticos profissionais, conceituados produtos e marcas a serem divulgadas. O Rio de Janeiro tem o poder de realização do entretenimento, estrutura, grandes locais para eventos, profissionais competentes em mega eventos, serviço público com experiência e logística impecável, cenário natural, ar puro, população anfitriã e alegre. Juntando ainda mais essas duas forças, despontamos.

O Rio de Janeiro, quando realmente tiver pelas suas autoridades públicas o entendimento real e definitivo que o Rio é a metrópole maior do turismo e do entretenimento, e se dedicar 24 horas em transformar esse local num calendário de eventos de janeiro a janeiro, com investimentos sérios e dignos para a pasta do turismo — e não o menor orçamento —, mensuração efetiva de ROI, campanhas publicitárias no Brasil e no mundo constantes a altura das maiores cidades do mundo, de fato, ocupará seu lugar de ponta na área, e não míseras posições constantes de turistas internacionais na cidade.

Nosso aeroporto do Galeão precisa voltar a ser a porta de entrada do Brasil e lotado de turistas desembarcando em solo carioca. Da gosto de ver a cidade produzindo eventos, de ponta a ponta. Temos condições totais de entregar, como já entregamos, com brilhantismo, grandes eventos ao mesmo tempo. Não me impressiona, por nossa competência e logística habitual, entregar, no mesmo dia, Réveillon de Copacabana, desfile de escola de samba, Rock in Rio, jogo de Copa do Mundo no Maracanã, atletismo olímpico no Engenhão, maratona internacional pela orla e uma regata mundial em nossa Baía de Guanabara.

Claro, com hotéis lotados, restaurantes e shoppings vendendo, milhares de empregos e muita alegria irradiando. Não é loucura, é fato. Com planejamento, entregamos. Esse é o nosso negócio! Temos histórico de sucessos — e grandiosos nessa área. Lamentavelmente, os números de investimentos não correspondem com tamanha importância econômica em resultados para o Rio e Brasil.

Rio é a nossa Las Vegas, nossa Orlando, que, com competência, ousadia, visão de negócio, empreendedorismo e, principalmente, muito investimento e marketing , transforma desertos e pântanos em megas metrópoles do entretenimento.

Fica mais essa reflexão, pois ainda há tempo de colocar nosso Rio na lista de metrópoles de ponta do turismo, entretenimento e eventos. Eu acredito!



*Desenvolvedor de Marketing & Business. Instagram: @marceloalves.rio

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