Por: Marcelo Alves*

Muito marketing e um soco: Popó vence Bambam

Popó nocauteou Bambam em menos de 40 segundos | Foto: Reprodução/ Instagram

Realmente é fantástico esse mundo de oportunidades que o marketing proporciona. Tivemos, no último sábado (24), mais uma prova que essa essa ferramenta gera resultados surpreendentes.

Você, gostando ou não, se interessou ou buscou informações para saber sobre esse evento midiático, que foi a luta entre o pugilista profissional Popó de Freitas contra o ex-BBB Kléber Bambam. É claro que o resultado não passou de 36 segundos para se confirmar. Um nocaute feito um cometa, tirou como um flash a menor possibilidade de vitória de uma amador no esporte.

Os sites de apostas faturaram muito nessa "ação estratégica de marketing", que proporcionou bons números nos bolsos dos organizadores. Mérito, pois fizeram bem feito.

Didáticamente, marketing é a ciência e arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades e os desejos de um mercado consumidor, a partir da oferta de produtos ou serviços que despertem o interesse do público. E, de fato, o interesse do público foi total.

As mídias digitais pipocaram provocações do ex-BBB Kléber Bambam, fazendo até muitos acreditarem na sua chance no ringue. Teve tudo aquilo que marketing realiza antes de uma luta.

Vejo que esse modelo de evento, levando artistas, influenceres celebridades e ex-atletas profissionais a luta, vem ganhando espaço, audiência e receitas importantes ao realizadores.

Pouco tempo atrás, o próprio Popó lutou com o comediante Whindersson Nunes, não dando chance também de vitória ao amador, mas o marketing da luta prevaleceu e confirmou seu objetivo maior: o negócio.

O esporte "luta" é queridíssimo no mundo e no Brasil e os números de apaixonados evoluem a cada ano, além das grandes audiências para TV, streaming, público no ginásio e patrocinadores, fazendo desse esporte um grande negócio. Como exemplo, o UFC de Dana White estima valor de mercado em R$ 27 bilhões de reais.

Mas a falta hoje de um grande ídolo atuante no esporte de ringue faz desses eventos amadores um super produto para a mídia e sites de apostas. Tá valendo, pois isso é entretenimento e, sendo bem feito, vende. E muito.

Diversão é necessidade do ser humano, mesmo em um evento esportivo onde o resultado é certo e o desejo da disputa movimenta máquinas de receitas.

Mesmo um ex-BBB, com competência em marketing, ficou em evidência na mídia, se auto premiando pela luta com receitas múltiplas, já no bolso, a mais do que arrecadou no reality que foi vitorioso. Um soco em segundos que vale milhões. Bom negócio, não?

*Marketing & Business Developer. LinkedIn: Marcelo Alves

 

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