Jogadores brasileiros precisam ser mais educados dentro dos gramados
Geraldinos, eu não sei o que é pior no nosso futebol, se são os jogadores, técnicos, árbitros, dirigentes ou todo mundo. O que aconteceu no jogo entre Bahia e Atlético-GO foi algo deplorável. Não sei como o juiz conseguiu sair vivo do gramado. Como ex-jogador, fiquei ingidnado com a falta de educação, para não dizer outras coisas, dos atletas do time goiano. O árbitro, não sei se tembém colaborou, mas ao marcar uma falta, pareceu que, pela sinalização, iria encerrar o jogo. Com isso, o jogador do Atlético-GO tirou a camisa e saiu comemorando. Como já tinha um cartão amarelo, recebeu o segundo e foi expulso. Daí, começou a confusão, com até polícia em campo e oa jogadores do time goiano prontos para tirar satisfação com o árbitro. Uma cena lamentável para o futebol brasileiro. Outra foi o jogador Matheus Pereira, do Cruzeiro, o camisa 10, do grande Dirceu Lopes, provocando o banco do Juventude após a vitória, que reagiram de uma forma agressiva, com os treinadores e comissções precisando intervir para não entrarem nas vias de fato.
Falando em assuntos bons, parece que o Fluminense está reagindo, mesmo mudando sua forma de jogar, com um time retranqueiro e defensivo, bem ao estilo da escola gaúcha. Venceu o Palmeiras com um conjunto mais entrosado, sabendo o que deveria ser feito. Já o Flamengo, ainda está com um futebol bem bizonho e mediano, ganhando no sufoco de times com qualidade inferior.
E como não poderia deixar de citar, esses comentaristas da ESPN são mais clubistas que outra coisa. Zinho, Pascoal e Mauro Naves dizendo que o Fluminense, mesmo jogando no Maracanã, não era favorito contra o Palmeiras. Ora, são dois clubes de tradição e futebol são 11 contra 11 em campo. Fora isso, Zinho dizendo que era obrigação do Flamengo vencer o Vitória e que empate ou derrota era vexame. Como um comentarista pode dizer isso!
Antes das pérolas, outra reclamação que faço com constância, para os dirigentes das confederações, que só pensam em fazer o espetáculo e ganhar dinheiro e não no prazer dos atletas e torcedores. É algo que precisa ser urgentemente modificado!
Além disso, o nível do nosso futebol está indo de mal a pior. Se no meu tempo eram duas vagas para a Libertadores, hoje são quatro ou até mesmo seis. Com isso o nível da competição, que deveria ser alto, está baixo, ou mesmo mediano.
Vamos para as asneiras dos analistas de computadores:
1 - "Briga pela segunda bola ou por outras em campo (só tem uma em campo!)".
2 - "Baixar as linhas e entregar a bola para o adversário e depois recuperá-la (absurdo!)"
3 - "Correr para trás, com o botijão de gás quase acabando"
4 - "Chamar o adversário para cima, bola encaixotada, espetada na bola na ligação direta, lutando ou amassando o adversário no combate ao espaço (coloca um ringue no campo)"
5 - "Desenho tático com 4-3-2-1 em campo com intensidade, com lateral jogando como ala, segundo atacante, falso 9, encaixados e brilhando com identidade (chama o Dentran para fazer a carteira de identificação)"
6 - "Não deu química ao tentar encaixar e gerar o jogo, não fez a leitura correta da jogada (você antevê ou enxerga)"
7 - "Pegando identidade no último terço do campo, colocando jogador agudo logo de cara para não quebrar o gelo"
8 - "Jogo apoiado com funcionalidade ou com jogador funcional, com encaixe que nem eles mesmo entendem"
9 - "Partida travada, cheio de apetite em campo, posicionamento corporal, elenco robusto, negociando os pontos com o adversário"
10 - "Tocada fora da curva (qual delas), time reativo ou posicional, fazendo um corredor e potencializando os atacantes"
*Ex-jogador de futebol. Fez parte da seleção do Tricampeonato Mundial no México em 1970. Atuou nos quatro grandes clubes do Rio (Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense), Corinthians, Grêmio e Olympique de Marseille (França).