Algo que certamente acontecerá após a campanha, será uma enorme reflexão de boa parte dos meios de comunicação.
Folha, UOL, grupo globo, e outras menos conceituadas perderam a vergonha de fazer campanha para o candidato do PT. Seus principais articulistas não saem do Twitter, com tentativas de desconstrução do atual presidente , e " passando pano" para seu candidato do coração.
Não vejo problema nenhum em veículos serem críticos a um candidato e terem preferência por outro, isto acontece por exemplo, nos EUA. Mas lá, os editoriais dos veículos deixam claro as suas preferências . Assim o consumidor sabe a linha do veículo de comunicação.
O que acontecia no Brasil até então era uma espécie isenção mascarada. Os veículos tinham nítida preferência , mas posavam de isentos, e arautos da verdade suprema.
Veja o caso do Correio da Manhã. Quem lê sabe da sua linha editorial. Em que pese o jornal tem articulistas historicamente de esquerda. Assim devem se comportar os veículos que expressam opinões nos seus editoriais.
O descrédito destes veículos tradicionais vem justamente desta forma de maquiar uma falsa isenção. Isto funcionou enquanto as mídias sociais não tinham o alcance que hoje tem. Agora ninguém detém o monopólio da comunicação, e aí percebo porque alguns se calam quando o candidato do PT fala em regulamentar as redes sociais.
Não se enganem. Regulamentação de mídia é censura disfarçada . Nada justifica a censura. Se existe excessos, a lei tem punições para calúnia e difamação. Eu luto para que o maior idiota que conheço tenha o direito de falar as suas besteiras. Certamente será melhor que termos um censor dizendo o que podemos ou não falar.
Faço este artigo triste e preocupado, porque sei da importância para toda a sociedade de uma imprensa forte, com credibilidade, que possa passar a população fatos concretos e opiniões firmes.
*Ex-deputado e
consultor político