Por: Rudolfo Lago

Correio Político | Padilha se encontra com Dr. Luizinho para reforçar base

Padilha com a bancada do PP | Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Nova York com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, passou a tarde em um périplo pelo Congresso para reforçar laços. Esteve em vários gabinetes de deputados e senadores. Foi aos aliados tradicionais, como os líderes do governo no Senado. Mas principalmente esteve com os novos parceiros. Não faltaram nem representantes do PL. A visita mais importante foi ao líder do PP, Dr. Luizinho (RJ). Foi Luizinho quem convidou o ministro para um café. Num gesto para reforçar que é verdadeira a aproximação do PP com a base do governo, como declarou Lira, levou a bancada quase toda para o café com Padilha.

 

Câmara

Padilha meio que admitiu que tem na base mais o PP na Câmara que o do Senado, comandado pelo ex-ministro da Casa Civil e presidente do partido, Ciro Nogueira (PI). Mas, segundo ele, essa não seria uma novidade. Já aconteceu outras vezes em outros governos, diz ele.

MDB

"Quantas vezes já vimos ao longo da história um partido ser governo na Câmara e oposição no Senado?", questionou o ministro. De fato, durante muitos anos esse tipo de divisão caracterizou o MDB, antes chamado de PMDB, que tinha posições diferentes na Câmara e no Senado.

Até com o PL de Jair Bolsonaro esteve o ministro

Com o deputado João Maia (PL-RN) | Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI

No caso do PP, a visita ao gabinete de Dr. Luizinho ganha importância porque o mesmo não aconteceu com o Republicanos, o outro novo parceiro do governo. Padilha não esteve com o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), que, há dois dias, reafirmou que o partido seguirá na sua postura de "independência". Mas Padilha teve uma reunião no gabinete do deputado Adail Filho (Republicanos-AM), com outros parlamentares da legenda. E nesse périplo ele se encontrou mesmo cum um deputado do PL, principal partido de oposição, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. Padilha esteve com o deputado João Maia (PL-RN).

 

Contribuição

Segundo Padilha, o PP já vem dando contribuições ao governo. Aprovou o arcabouço fiscal, a reforma tributária. "Posicionou-se em defesa da democracia, repudiando os atos do dia 8 de janeiro", afirmou. "Agora, com o ministro André Fufuca (Esportes), isso só irá se ampliar".

Republicanos

Quanto ao Republicanos, o ministro disse que a expectativa é a mesma. "Desde o primeiro semestre, já houve demonstrações claras desse esforço de colaboração. Que só vai se ampliar. E que vai se ampliar também para outros partidos em que há proximidade".

Transição

Na avaliação de Padilha, a aproximação já começou a acontecer mesmo antes de o presidente Lula tomar posse, com a aprovação da PEC da Transição, que permitiu ao governo excepcionalmente gastar acima do teto de gastos para cumprir suas promessas de campanha.

350 deputados

Pelos cálculos de Arthur Lira, com a entrada de André Fufuca e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) no governo, Lula passaria a contar com uma base de 350 deputados. É uma base, porém, que precisa ser adulada e azeitada o tempo todo. Foi o que fez Padilha ontem.

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