Correio Político | Rosa Weber quer deixar legado indígena no STF

No momento em que o STF julga o Marco Temporal das Terras Indígenas, a cerimônia ganha evidentes contornos e demonstra a posição da ministra

Por Rudolfo Lago

STF retoma julgamento do Marco Temporal no dia 20

O simbolismo não poderia ser mais claro. No dia 2 de outubro, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, deixa a Corte, se aposenta ao completar 75 anos. Vinte e um dias antes dessa data, dentro das suas últimas atividades no Supremo, Rosa Weber lançou ontem a publicação da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) traduzida para a língua Kayapó, ou Mêbêngôkre. A Convenção 169 trata das normais internacionais da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais. Basicamente, ela estabelece que é direito desses povos serem consultados sobre quaisquer decisões que venham a afetar os seus direitos. No momento em que o STF julga o Marco Temporal das Terras Indígenas, a cerimônia ganha evidentes contornos e demonstra a posição de Rosa Weber.