Por: POR RUDOLFO LAGO

CORREIO POLÍTICO | Diretora do Senado vive aflição de parentes em Israel

Ilana Trombka tem uma irmã que vive em Israel | Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A diretora do Senado, Ilana Trombka, tem uma irmã em Israel. Desde a ação do Hamas no sábado, ela vive aflita buscando informações dos parentes e amigos que tem naquele país. Alina, a irmã de Ilana, mora no centro de Israel, na cidade de Rehevot. Está distante do sul, onde as ações aconteceram. Vive, porém, toda a insegurança de um país em guerra. Desde o início do conflito, Alina e sua família estão no escritório do apartamento, preparado como bunker. A diretora do Senado também tem amigos mais próximos dos conflitos. O filho de uma amiga de Ilana estava na rave, a festa que foi atacada pelas tropas do Hamas no sábado (7). Felizmente, conseguiu escapar ileso, refugiou-se na cada de uma pessoa no primeiro dia e no domingo já estava de volta à sua própria casa.

 

Preocupações

A situação preocupa, porque a perspectiva é que a guerra se agrave, em um conflito onde já morreram mais de 900 pessoas. Em um país em ameaça constante, os edifícios mais modernos, como o da irmã de Ilana, já têm cômodos com estrutura de bunker, o que gera algum conforto.

Em casa

Assim, Alina consegue ficar refugiada sem sair de casa. Ali, tem internet, comunicação e maior segurança. Mas todos dormem na mesma sala blindada. Prédios mais antigos têm um bunker único. E os mais antigos ainda não têm, obrigando as pessoas a irem para bunkers públicos.

Um 8 de janeiro bem mais trágico e ampliado

Ação do Hamas só irá ampliar o conflito e a tragédia | Foto: Getty Images

Ilana mistura seus sentimentos preocupada com a situação dos seus parentes e amigos em Israel. Diretora do Senado, ela compara o que está acontecendo ao que ela mesma viveu no 8 de janeiro. Claro, com a consciência de que tudo agora é bem mais trágico, preocupante e ampliado. Mas tanto aqui quanto lá, causa perplexidade como as forças de segurança não foram capazes de prever o que aconteceria. Aqui, as polícias diziam antes a Ilana que estava tudo sob controle. Lá, um dos mais bem equipados aparatos de segurança não foi capaz de se prevenir. Há informações de que o Irã teria cortado sistemas de comunicação.

Compreensão

Sem a pretensão de especialista, mas como mulher de origem judaica, com parentes e amigos em Israel, Ilana tenta compreender o que acontece e ainda acontecerá. De um lado, tem a sensação de que os países árabes nunca quiseram na verdade resolver a causa palestina.

Alimento

Alimentam-se, na verdade, do conflito para atender aos seus próprios interesses. Por outro lado, cresceu ultimamente em Israel uma direita que também se alimenta do discurso da guerra. Uma direita dividida, que tem que compor para obter maioria no Parlamento.

Grande Israel

Nessa composição, há grupos nacionalistas que defendem a ideia do "Grande Israel", que tenta restaurar os limites históricos e bíblicos, para além das fronteiras definidas em 1948. Quando isso se junta a extremistas como o Hamas, do outro lado, o resultado é conflito.

Ódio

A consequência do ato do Hamas, para Ilana, é reação violenta de Israel, que só irá provocar mais tragédia e mortes. Ela lembra uma frase de Golda Meir: "A paz só virá quando os árabes tiverem mais amor por suas crianças que ódio pelas crianças israelenses"

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