Ainda perscrutando as razões da declaração de guerra do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma outra chave mais sutil parece estar na leitura feita pelo comandante do Centrão da mensagem de mais de 300 páginas enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À primeira vista, a mensagem era um convite ao diálogo e à conciliação. Mas há quem ali no Congresso esteja interpretando que o convite ao diálogo e à conciliação não seria exatamente para Lira. Alguns movimentos do presidente mostram que ele, na verdade, estaria tentando promover um rompimento na turma conservadora que Lira arregimentou, procurando reinstituir com eles a lógica original do tal presidencialismo de coalizão reequilibrando o jogo. Se for isso, será briga de cachorro grande.