CORREIO POLÍTICO | O que aconteceu este ano não pode virar padrão

Por POR RUDOLFO LAGO

Se não for coibida, violência jogará democracia no lixo

Às 3h30 da madrugada de sábado, um oficial de Justiça bateu na porta da casa de Carla Maria de Olveira e Souza em São Paulo. Queria saber se era verdadeira a assinatura de seu pai, o médico José Roberto de Souza, em um laudo que o candidato do PRTB à prefeitura, Pablo Marçal, jogava nas redes sociais para acusar seu adversário na disputa, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) do uso de drogas. O laudo era falso, como se verificou depois. A assinatura do médico, que já morreu, estava falsificada. Mas naquela madrugada Carla não tinha conseguido receber o oficial de Justiça. Ela tem esclerose múltipla. Pela manhã, entrou na Justiça contra Marçal pedindo a inelegibilidade do candidato do PRTB. Era o ápice do vale-tudo.