CORREIO POLÍTICO | Ruínas no império cearense dos Gomes

Por POR RUDOLFO LAGO

Cid e Ciro seguem caminhos políticos opostos

Em duas ocasiões, Ciro Gomes vislumbrou a possibilidade concreta de ser presidente da República. Em 2002, o maior culpado foi ele mesmo. Tropeçou na própria língua quando disse que a única função na sua campanha da sua esposa na ocasião, a celebrada atriz Patrícia Pillar, era dormir com ele. Em 2018, ele joga completamente a culpa no PT: acha que se o partido de Luiz Inácio Lula da Silva o tivesse apoiado, juntos eles poderiam ter derrotado Jair Bolsonaro. O problema para Ciro é que o ódio que ele passou a ter do PT por não ter obtido esse apoio parece ter nublado completamente a sua capacidade de leitura política a partir de então. Ao final do primeiro turno da eleição municipal, Ciro viu ruir o domínio que tinha no Ceará.