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CORREIO POLÍTICO | Ministro da Agricultura critica falas do Carrefour sobre carne

Carne começou a faltar nas unidades do Carrefour | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reagiu com indignação à decisão do Carrefour na França sobre a paralisação de compra da carne brasileira e afirmou que, além de os produtores paralisarem a venda de carne na rede nacional do grupo francês, produtores de frango também estão seguindo o mesmo caminho.

Em entrevista à Folha, Fávaro disse que a decisão tem o apoio integral do ministério e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, que reúne 43 empresas do setor no país, responsáveis por 98% da carne negociada para mercados internacionais.Ao se referir à decisão do presidente mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, o ministro classificou o ato como um "absurdo" e um pretexto protecionista.

 

Declarações

Na semana passada, o CEO do Carrefour anunciou a suspensão da compra de carne de países do Mercosul, por suposta motivação sanitária e ambiental. A declaração foi criticada por Fávaro: "Isso nós não vamos admitir, o que nós temos de mais precioso é a qualidade sanitária da nossa carne".

Retratação

A embaixada da França no Brasil também criticou as falas do CEO. Segundo a CNN Brasil, Bompard deve fazer uma retratação pública sobre as falas da carne brasileira. Uma primeira versão da carta chegou a ser apresentada ao governo, que pediu alterações no documento.

STF forma maioria em manter símbolos religiosos em órgãos

STF avalia em plenário virtual | Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta segunda-feira (25) maioria de votos para permitir a continuidade do uso de símbolos religiosos em órgãos públicos de todo o país.

Até o momento, a Corte tem seis dos 11 votos do plenário para rejeitar um recurso do Ministério Público Federal (MPF) que pede a proibição da utilização de crucifixos, imagens de santos e outros objetos nos prédios públicos.

O julgamento virtual será finalizado nesta terça-feira (26). Apesar de ter maioria dos votos, por ser tratar de plenário virtual, os demais ministros da Suprema Corte podem pedir vista do projeto.

Estado Laico?

O debate chegou após uma representação de um cidadão devido a existência de um crucifixo no Plenário do TRE-SP. Na avaliação do MPF, a permissão dos símbolos viola os princípios constitucionais da liberdade de crença religiosa e da laicidade do Estado.

Zanin

Prevalece o voto do relator, ministro Cristiano Zanin. O ministro ressaltou que o cristianismo faz parte da formação da sociedade brasileira e que os feriados alusivos à religião, nomes de locais públicos fazem parte da cultura do Brasil. Portanto, reforçar os símbolos não é inconstitucional.

Votos

Segundo Zanin, "a presença de símbolos religiosos em prédios públicos, desde que tenha o objetivo de manifestar a tradição cultural, não viola os princípios da da não discriminação". Em seguida votaram Flávio Dino, André Mendonça, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Edson Fachin.

Entenda

A ação questiona se a manutenção do símbolo fere a liberdade de crença e a laicidade estatal, presentes na Constituição Federal.O próprio plenário do STF tem um crucifixo na parede atrás da cadeira do presidente da Corte. A escultura foi quebrada durante a invasão de 08/01/2023.