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CORREIO POLÍTICO | Lula recebe presidente eleito do Uruguai no Planalto

Lula e Yamandú se reuniram para tratar de Mercosul | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente eleito do Uruguai, Yamandú Orsi, se reuniram para tratar das relações bilaterais e sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), que pode ser assinado em breve. O encontro aconteceu na sexta-feira (29), no Palácio do Planalto.

Segundo Orsi, a situação das negociações com os europeus será analisada na 65ª Cúpula do Mercosul, marcada para esta quinta (5) e sexta-feira (6), em Montevidéu, capital do Uruguai.

"Somos otimistas, como Mercosul e como região, somos otimistas com a possibilidade de seguir estreitando laços com outras regiões, fundamentalmente com a Europa", disse o uruguaio em declaração à imprensa na saída da reunião.

 

Retorno

De acordo com nota da Presidência, Lula se declarou feliz pelo processo democrático uruguaio e com a eleição de Orsi. O candidato da coligação de esquerda Frente Ampla venceu o segundo turno das eleições presidenciais. A vitória marca a volta da esquerda no país.

Parceria

Orsi reforçou a importância da relação entre Uruguai e Brasil e trouxe uma mensagem do atual presidente do país, Lacalle Pou, pela parceria entre os dois países, independentemente do governo: "Para nós é importante sabermos que temos o Brasil sempre disposto a colaborar com a gente".

Defesa de militar preso diz que ele foi vítima de armação

Tenente-coronel Rodrigo Azevedo foi um presos pela PF | Foto: Reprodução

O advogado do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, Jeffrey Chiquini, disse que o militar, que faz parte dos chamados 'kids pretos' - também conhecidos como forças especiais - foi "vítima de uma armação" no caso que apura tentativa de golpe de Estado. As declaração foram feitas em entrevista coletiva na sexta-feira (29), após depoimento do militar à PF. A investigação da PF ainda consta o planejamento do assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

"Plantaram provas a alvos específicos para essa imputação a pessoas específicas", disse o advogado.

Negação

Segundo o advogado, o tenente-coronel Azevedo desconhece qualquer tratativa de golpe e recebeu um telefone celular como "cavalo de Troia". "Não é qualquer militar, é o que foi pinçado a dedo para que a ele seja imputada uma participação inexistente das forças especiais", disse.

Codinome

De acordo com o relatório da PF, Rodrigo Bezerra Azevedo era a pessoa identificada pelo codinome "Brasil". Segundo o documento, em 15/12/2022, ele foi o usuário de um aparelho de celular utilizado, em Brasília, para a troca de mensagens que faziam parte do plano de matar as autoridades.

Resposta

Chiquini nega que o tenente-coronel Azevedo seja o codinome "Brasil" e diz ter provas de que no dia 15, aniversário de Azevedo, ele estava em casa, com a família, em Goiânia. Segundo o advogado, o aparelho só foi parar nas mãos do militar no dia 24 de dezembro.

Armação

O advogado levanta a hipótese de alguma pessoa (outro militar ou um funcionário) ter sido corrompida para fazer esse aparelho de celular ficar à disposição de Azevedo. "Está muito claro que se trata de uma armação contra o [tenente] coronel Azevedo e contra as forças especiais", afirmou.