Ao receber, na terça-feira (18), o projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apesar de toda a demonstração de boa vontade com o projeto, já adiantou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ele muito provavelmente será alterado no Congresso. E o mais provável é que tal alteração venha a se concentrar especialmente naquilo que o governo propõe como contrapartida para a perda de arrecadação que terá aumentando a isenção: taxar mais fortemente os mais ricos. Embora a grande ala conservadora da Câmara e do Senado torça o nariz para a ideia, é difícil imaginar a defesa de uma realidade onde quem é mais rico paga menos imposto.