Nomes de cartão de visita

Por Ruy Castro

Por Ruy Castro

Montagem com camisas de futebol para coluna de Ruy Castro.

Eu não gostaria de estar hoje na pele dos narradores de futebol. Imagino-os tentando identificar os jogadores, todos enfaixam os pulsos, descolorem o cabelo e escovam os dentes com Omo, e tendo de chamá-los em alta velocidade pelos nomes com que agora se apresentam, com nome e sobrenome, como num cartão de visita.

O Grêmio é até comedido: tem Bruno Alves, Bruno Ursini, Gabriel Grando e Luís Suarez. O Internacional também: Alan Patrick, Enner Valencia, Luiz Adriano e Pedro Henrique. O Palmeiras, nem tanto: Gabriel Menino, Gustavo Gómez, Luís Guilherme, Raphael Veiga e Richard Rios. Ou o Fluminense: Diogo Barbosa, Felipe Melo, Germán Cano, Paulo Roberto Ganso, Samuel Xavier e Vítor Mendes. E o Atlético Mineiro: Alan Kardec, Bruno Fuchs, Guilherme Arana, Igor Gomes, Mauricio Lemos e Rodrigo Battaglia.

Já o Corinthians tem Angel Romero, Bruno Méndez, Fausto Vera, Gabriel Moscardo, Renato Augusto, Róger Guedes e Ruan Oliveira. O Botafogo, Fernando Marçal, Gabriel Pires, Junior Santos, Lucas Fernando, Lucas Perri, Marlon Freitas, Patrick de Paula e Tiquinho Soares. O São Paulo, Alan Franco, Caio Paulista, Diego Costa, Gabriel Neves, Igor Vinicius, Marcos Paulo, Rodrigo Nestor e Wellington Rato. E o Cruzeiro, Bruno Rodrigues, Felipe Machado, Henrique Dourado, Lucas Oliveira, Luciano Castán, Matheus Jussa, Mateus Vital, Rafael Bilu, Rafael Cabral e Wesley Gasolina.

Mas quem supera o Red Bull Bragantino? Eduardo Sacha, Eduardo Santos, Eric Ramires, Henry Mosquera, Juninho Capixaba, Léo Ortiz, Luan Patrick, Lucas Cunha, Lucas Evangelista, Matheus Fernandes e Nacha Laquintana. Só o Flamengo: Ayrton Lucas, Bruno Henrique, David Luiz, Everton Cebolinha, Everton Ribeiro, Fabrício Bruno, Gabriel Barbosa, Léo Pereira, Luiz Araújo, Matheus Cunha, Matheus França, Rodrigo Caio, Thiago Maia e Victor Hugo.

Zico, hoje, seria Arthur Antunes Coimbra.