"Ainda Estou Aqui", vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, tornou-se o sétimo filme nacional mais visto do século. O levantamento é da Comscore, que monitora a audiência das salas brasileiras desde 2002. Com 5,67 milhões de espectadores, o longa de Walter Salles superou a bilheteria de "Se Eu Fosse Você 2" (2009), com 5,64 milhões de ingressos vendidos. A comédia romântica estrelada por Glória Pires e Tony Ramos ocupava a posição até então. O líder desse ranking, "Nada a Perder" (2018), segue envolto em polêmicas. A cinebiografia de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, aparece nos dados oficiais como a maior bilheteria do cinema nacional, com milhões de ingressos vendidos em tempo recorde. No entanto, denúncias apontam que muitas sessões estavam vazias ou com público reduzido, apesar da contabilização das vendas. Relatos indicam que a Universal teria adquirido grandes lotes de ingressos e os distribuído gratuitamente a fiéis, inflando os números.
O caso de "Ainda Estou Aqui" é bem diferente. A adaptação cinematográfica da obra homônima de Marcelo Rubens Paiva continua em cartaz no Brasil e no exterior, onde já arrecadou R$ 202,4 milhões em bilheteria nos 12 países onde foi lançado. Os dados são da plataforma IMDb Pro.
Grande parte dessa receita vem do Brasil, onde o faturamento parcial chega a R$ 112,4 milhões. Nos Estados Unidos, França, Portugal, Itália e Reino Unido, a soma ultrapassa R$ 70 milhões.
Além da indicação ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Atriz para Fernanda Torres, o longa de Salles conquistou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e rendeu a Torres o Globo de Ouro de Melhor Atriz. Até agora, acumula 52 prêmios.
